Resultados preliminares, e ainda não revisados, indicam eficácia geral de 66% para vacina que exige apenas uma dose
O novo estudo foi realizado pelo Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos.| Foto: Bigstock

As pessoas que não foram vacinadas contra a Covid-19 têm 11 vezes mais probabilidades de morrer em decorrência da doença do que aquelas que foram imunizadas, de acordo com um novo estudo dos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) publicado na última sexta-feira (10).

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O estudo também indica que a vacina da Moderna, não disponível no Brasil, é um pouco mais eficaz na prevenção de internações do que as outras duas licenciadas nos Estados Unidos: Pfizer/BioNTech e Janssen.

O primeiro dos estudos baseou-se na análise de mais de 600 mil casos de Covid-19 nos Estados Unidos entre abril e meados de julho, anunciou a diretora do CDC, Rochelle Walensky, durante entrevista coletiva da equipe contra a pandemia da Casa Branca.

Mais chance de morrer

"Aqueles que não foram vacinados tinham cerca de quatro vezes e meia mais chances de contrair Covid-19, mais de 10 vezes mais chances de serem hospitalizados e 11 vezes mais chances de morrer da doença", explicou Rochelle Walensky.

O estudo revisou infecções, hospitalizações e mortes em 13 estados dos EUA em um período em que a variante delta, que hoje responde por 99% de todos os casos de Covid-19 nos Estados Unidos, já era "a variante predominante que circulava no país".

Rochelle Walensky disse que a pesquisa "oferece ainda mais provas do poder da vacinação" contra a Covid-19, em um momento em que cerca de 25% da população americana elegível para se vacinar ainda reluta em fazê-lo.

Já o segundo estudo, sobre a eficácia de cada marca de vacina na prevenção de hospitalizações, foi baseado na análise de cerca de 32 mil pacientes atendidos em hospitais, clínicas e prontos-socorros do país em nove estados americanos, entre junho e início de agosto.

Os pacientes que receberam a dosagem completa da vacina da Moderna apresentaram proteção de 95% contra hospitalização em decorrência da Covid-19, enquanto no caso dos vacinados com Pfizer/BioNTech, essa porcentagem foi de 80% e com a Janssen, de 60%.

Essa conclusão é semelhante à alcançada em agosto por outro estudo do sistema de saúde da Clínica Mayo, que ainda não foi revisado por outros profissionais, mas segundo o qual a vacina da Moderna foi mais eficaz na prevenção de infecções pela variante delta.

De acordo com o estudo, a vacina da Moderna também é mais eficaz em evitar idas ao pronto-socorro (92%), seguida por Pfizer/BioNTech (77%) e Janssen (65%).

O relatório não explica a razão da vantagem da vacina da Moderna, embora alguns especialistas apontem para o fato de a dose de mRNA dessa injeção ser o triplo da de Pfizer/BioNTech, ou pelo maior intervalo entre a primeira e a segunda dose, informou o jornal "The Washington Post".

Segundo o CDC, 53,3% dos americanos receberam a dosagem completa da vacina contra a Covid-19, incluindo 62,4% das pessoas com mais de 12 anos de idade.

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