Perfil das pessoas que morreram de Covid-19 na Itália
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Com mais de 4 mil mortos pelo novo coronavírus, a Itália divulgou no último dia 17 um levantamento das características principais dos pacientes positivos para Covid-19 falecidos no país europeu.

A análise, que observou 2003 casos, foi realizada pelo Istituto Superiore de Sanitá (ISS), instituição pública italiana que é o principal órgão técnico-científico do Serviço Nacional de Saúde da Itália, sediada em Roma.

Embora a idade média dos pacientes infectados tenha sido de 63 anos, a idade média dos falecidos e positivos para a Covid-19 foi de 79,5 anos - sendo que as mulheres corresponderam a 30% das mortes.

Com relação às mulheres que morreram após contrair a infecção por COVID-19, elas tendem a ser ainda mais velhas que os homens, com 83,7 anos contra os 79,5 dos homens.

Idosos são principais vítimas

Entre os 80 e 89 anos foram registradas 852 mortes pela doença, seguidos de idosos entre 70-79, com 707 mortes e de 60-69, com 173 mortes.

Entre 50-59 são 56 mortes, seguido de 40-49 com 12 mortes e de 30-39 com 5 mortes, sendo essas apenas de pessoas do sexo masculino e com patologias graves pré-existentes (cardiovasculares, renais, patologias psiquiátricas, diabetes, obesidade).

O peso das doenças pré-existentes aparece nos gráficos sobre os pacientes vitimados pelo vírus. Porém, apenas 355 casos dos 2003 analisados foram verificados com essa característica.

A porcentagem de pessoas sem comorbidades que vieram a falecer chegou a 0,8% do total, seguido de 25,1% de quem apresentava uma patologia, 25,6% de quem apresentava duas patologias e 48,5% de quem apresentava três comorbidades ou mais.

Entre as comorbidades mais comuns entre os mortos estavam:

  • Hipertensão arterial (76% dos casos);
  • Diabete (35,5%);
  • Cardiopatias (33%).

Pacientes com câncer ativo nos últimos cinco anos estavam presentes em 20% dos mortos pelo Covid-19 analisados.

Os sintomas mais comumente observados antes da hospitalização em pacientes falecidos positivos para o vírus foram dispneia (dificuldade para respirar) e febre, e os menos comuns foram tosse e diarreia. Cerca de 5% não apresentaram sintomas no momento da internação.

Complicações

Entre as complicações mais comuns após o internamento, em pacientes que vieram a ser vitimados, estão principalmente a insuficiência respiratória (97,2%) e lesão renal aguda (27,8%), seguida de lesão miocárdica aguda e sepse (10,2%).

O tempo médio do início dos sintomas até a morte foi de oito dias. Do início dos sintomas até a hospitalização foi um período de quatro dias - mesmo período levado da hospitalização ao óbito.

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