Idosos, pessoas com comorbidades, como cardiopatias e obesidade, e profissionais da saúde terão prioridade na vacinação
Idosos, pessoas com comorbidades, como cardiopatias e obesidade, e profissionais da saúde terão prioridade na vacinação| Foto: Bigstock

Nesta quarta-feira (5), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia, adiantou como será a estratégia de vacinação contra a Covid-19, assim que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca estiver disponível no país. As informações são da Agência Brasil.

Idosos, pessoas com comorbidades, como cardiopatias e obesidade, e profissionais da saúde terão prioridade na vacinação, de acordo com Correia. O motivo é o alto risco desses grupos em desenvolverem quadros graves da Covid-19.

Segundo o secretário, é possível que haja a vacinação já em dezembro de 2020. "Com o avanço da ciência, acreditamos que, em dezembro, talvez, já passemos o ano novo de 2021 com pelo menos 15,2 milhões de brasileiros vacinados para Covid-19 e possamos juntos construir essa nova história da saúde pública do nosso país", disse Correia.

No começo de agosto, porém, Nísia Trindade de Lima, presidente da Fiocruz, entidade que está testando a vacina produzida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, disse que o imunizante, assim que se provar eficaz e seguro, será produzido a partir de dezembro de 2020.

O diretor do Instituto Bio-Manguinhos da Fiocruz, Maurício Zuma, também foi mais cauteloso na previsão de liberação da vacina. "Tem um grau de incerteza em relação a isso, por isso, a gente está sendo bastante cauteloso. Nosso compromisso é buscar a confirmação desses cronogramas para poder passar para o Ministério da Saúde a para Comissão [externa da Câmara que acompanha ações contra a pandemia do novo coronavírus] qual é nossa expectativa concreta de produzir e liberar as doses da vacina", disse.

Lotes divididos

De acordo com Correia, as primeiras 30,4 milhões de doses serão separados em dois lotes:

  • 15,2 milhões em dezembro
  • 15,2 milhões em janeiro
  • A partir de março de 2021, mais 70 milhões de unidades da vacina serão disponibilizadas gradativamente.

Envasamento e rotulagem

A estrutura de envasamento e rotulagem das vacinas será a mesma usada para a produção da vacina contra a febre amarela. A ideia é, com isso, acelerar a produção no país. De acordo com representantes da Fiocruz, cada frasco terá cinco doses.

Pelo acordo firmado entre a farmacêutica e a Fiocruz, a vacina de Oxford será distribuída apenas ao Sistema Único de Saúde (SUS) e para agências das Nações Unidas. Discute-se ainda a distribuição para outros países da América Latina.

Seringas e agulhas

Por enquanto, de acordo com o secretário, a pasta está se preparando para a aquisição de seringas, agulhas e o planejamento de distribuição do imunizante. Ao mesmo tempo, estão levantando o pessoal disponível para a aplicação e a capacidade da "rede de frios", ou os equipamentos de estados e municípios com condições de estocar as doses nos 37 mil postos de vacinação do Brasil.

Sobre a logística de distribuição dessas doses, o secretário disse que, após liberada a vacina, levaria de 15 a 20 dias.

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