O grupo apontou que é muito cedo para se manifestar sobre a eficácia das vacinas em relação à variante ômicron do novo coronavírus.
O grupo apontou que é muito cedo para se manifestar sobre a eficácia das vacinas em relação à variante ômicron do novo coronavírus.| Foto: Bigstock

A imunidade proporcionada pelas vacinas contra a Covid-19 se estende por até seis meses após a segunda dose aplicada, ou a dose única, como no caso da Janssen. As informações foram dadas nesta quinta-feira (9) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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"Revisamos os dados que existem, e a maioria mostra que a imunidade tem uma duração de até seis meses", afirmou a diretora do Departamento de Imunização da OMS, Kate O'Brien, durante entrevista coletiva.

O grupo que assessora a agência em questões de imunização emitiu as conclusões da análise de dados feita nos últimos dois dias, mas apontou que é muito cedo para se manifestar sobre a variante ômicron do novo coronavírus, e sobre a resposta das vacinas à cepa que teve a detecção anunciada duas semanas atrás.

Proteção robusta das vacinas

Os imunizantes autorizados pela OMS e pela maioria dos órgãos reguladores nacionais oferecem "uma proteção robusta por, ao menos, seis meses contra formas severas da doença, embora se observe certa diminuição frente a quadros graves, especialmente, em idosos e pessoas com comorbidades", segundo o presidente do grupo, Alejandro Cravioto.

Por causa disso, os especialistas mantiveram a recomendação de só serem oferecidas doses de reforço a esses grupos, assim como a profissionais de saúde, em particular, se receberam vacinas com vírus inativados, tecnologia usada para a produção da Coronavac e do imunizante produzido pela Sinopharm (que não é usada no Brasil).

Flexibilidade na vacinação

Além disso, o comitê assessor recomendou fortemente que os países sejam flexíveis ao planejar as próximas fases das campanhas nacionais de vacinação, em meio à detecção de 4,1 milhões de novos casos e o registro de 52 mil mortes no mundo, apenas na semana passada.

Essa flexibilidade consiste em poder imunizar as pessoas com a primeira dose de uma vacina, e a segunda de outra, o que permitiria que países sem reservas de imunizantes enfrentem os problemas de distribuição.

Além disso, em diversos países, até quatro diferentes vacinas estão sendo usadas e combiná-las evitará que parte dos lotes atinjam a data de vencimento e sejam perdidos, segundo explicou O'Brien. No entanto, os especialistas reafirmaram que, sempre que seja possível, deve-se aplicar duas doses do mesmo imunizante.

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