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Sangramentos frequentes e desproporcionais em feridas podem indicar problemas na coagulação sanguínea como a hemofilia. A patologia de origem genética e hereditária hoje afeta 12 mil brasileiros e ainda é cercada por vários mitos. Para tentar esclarecer melhor as pessoas, o dia 17 de abril foi instituído como Dia Mundial da Hemofilia.

Hoje, a falta de conhecimento sobre o problema pode levar a falhas no tratamento e aparecimento de sequelas. Quem tem graus leves de hemofilia, por exemplo, apresenta sangramentos após pancadas ou golpes, mas em pessoas com hemofilia grave eles podem ser espontâneos, nas articulações ou nos músculos, o que reduz a qualidade de vida e leva a sequelas e dores permanentes.

A conscientização da sociedade a respeito desta desordem hemorrágica e dos tratamentos atuais disponibilizados pelo Ministério da Saúde são fundamentais para aprimorar a atenção ao paciente”, ressalta Tânia Pietrobelli, presidente da Federação Brasileira de Hemofilia (FBH).

O que é

A hemofilia é uma patologia genética e hereditária que reduz a capacidade do organismo de coagular o sangue. A doença é transmitida pelo cromossomo feminino X, mas embora carreguem o gene que transmite a hemofilia, as mulheres raramente manifestam a doença.

Pacientes com a doença têm deficiência de um dos fatores de coagulação. Esses fatores (ou proteínas) são ativados quando ocorre o rompimento de algum vaso sanguíneo, mas nesses pacientes, as proteínas apresentam baixa atividade. Por isso, a coagulação é interrompida e os sangramentos demoram muito mais tempo para serem controlados.

Entre os sintomas mais comuns da hemofilia estão sangramentos prolongados, que podem ser externos, quando ocorrem cortes na pele, ou internos, quando ocorrem dentro das articulações, músculos ou outras partes internas do corpo.

As pessoas com hemofilia grave podem ter sangramentos espontâneos nos músculos e nas articulações, como joelhos, cotovelos e tornozelos. Como a coagulação nessas pessoas é muito lenta ou inexistente, ocorre grande derramamento de sangue nessas regiões, provocando inchaço, dor e degeneração articular ou comprometimento neurológico caso não sejam tratados adequadamente.

Sinais de alerta

Nem sempre é fácil diagnosticar a hemofilia. Algumas pessoas só descobrem o problema depois de adultos, ao submeterem-se a uma cirurgia, por exemplo.

No caso de crianças, os pais podem observar se o pequeno apresenta sangramentos frequentes e abundantes, desproporcionais aos ferimentos sofridos. Sangramentos nasais recorrentes e sem motivo também devem ser investigados.

Outro sinal recorrente é a presença se manchas roxas na pele da criança. Elas aparecem até nos braços e pernas de bebês quando eles batem levemente em superfícies duras, como as grades do berço. Uma vez confirmado o diagnóstico, os pais devem procurar orientação especializada de como tratar da criança de forma adequada.

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