Diferença em relação à expectativa de vida de 2018 é de três meses, mas representa um crescimento contínuo nos últimos anos
Diferença em relação à expectativa de vida de 2018 é de três meses, mas representa um crescimento contínuo nos últimos anos| Foto: Vinicius Amano / Unsplash

A expectativa de vida dos brasileiros aumentou três meses, de acordo com dados de 2019 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 76,3 anos, em 2018, a idade média no país chega a 76,6, em 2019.

Entre os homens, a expectativa passou de 72,8 para 73,1 anos. Entre as mulheres, de 79,9 para 80,1. Embora pareça um aumento pequeno, de apenas três meses, os números seguem um crescimento contínuo ao longo dos últimos anos.

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  • Em 2011, por exemplo, a expectativa era de 74,1 anos;
  • Em 2012, 74,6 anos;
  • Em 2013, 74,9 anos;
  • Em 2014, 75,2 anos;
  • Em 2015, 75,5 anos;
  • Em 2016, 75,8 anos;
  • Em 2017, 76 anos;
  • Em 2018, 76,3 anos.

Se a comparação for feita com 1940, o crescimento de 2019 foi de 31,1 anos para homens e mulheres, já que a expectativa na época era que o brasileiro não passaria de 45,5 anos.

Diferenças por estados

A maior expectativa de vida, no Brasil, foi verificada no estado de Santa Catarina, com 79,9 anos – 3,3 anos acima da média nacional. Na sequência estão Espírito Santo, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. As expectativas desses estados são de valores iguais ou acima de 78 anos.

Já a menor expectativa de vida está no Maranhão, com 71,4 anos – 5,2 anos abaixo da média nacional. Na sequência, o Piauí, com 71,6 anos. A menor taxa de mortalidade infantil está no Espírito Santo, 7,8 mortes por mil nascidos vivos. A maior, no Amapá, com 22,6 mortes por mil.

Homens e mulheres

Em média, a expectativa de vida das mulheres ultrapassa a dos homens. Em nove estados, localizados principalmente no Sul e Sudeste, mas também no Rio Grande do Norte e Distrito Federal, a expectativa de idade das mulheres ultrapassa os 80 anos.

Alagoas, Bahia, Piauí e Sergipe mostraram as maiores diferenças nas expectativas entre homens e mulheres. Em Alagoas, por exemplo, a diferença era de 9,5 anos - em benefício às mulheres.

Uma menina recém-nascida em Santa Catarina, por exemplo, esperaria viver em média 15,9 anos a mais que um menino recém-nascido no Piauí, segundo o IBGE. No entanto, a expectativa de vida dos homens nascidos em Santa Catarina (76,6 anos), por exemplo, é superior à das mulheres de alguns estados, como Roraima (75,1 anos), Maranhão (75,3 anos), Rondônia (75,5 anos), Piauí (76,0 anos) e Amazonas (76,3 anos).

Homens jovens morrem mais do que mulheres

Homens entre os 20 e 24 anos têm 4,6 vezes mais chances de morrer do que as mulheres na mesma faixa etária em 2019. Entre os 15 e os 34 anos há, segundo o IBGE, a maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população masculina com a feminina.

Segundo o Instituto, essa diferença se explica pelas mortes de causas externas ou não naturais, que atingem com maior frequência os homens. Em comparação com a década de 1940, porém, não havia essa diferença em nenhuma faixa etária.

"O cenário atual reflete o processo de urbanização e metropolização. Em 1940, 68,8% da população viviam em áreas rurais, onde as condições sanitárias eram mais precárias e a mortalidade era elevada no grupo de adultos jovens para os dois sexos indistintamente", argumenta o IBGE.

Depois dos anos 1980, mortes por homicídio, suicídio, acidentes e afogamentos passaram a se destacar, especialmente entre a população jovem adulta masculina.

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