Nos EUA, o rastreamento para câncer do colo do útero não é recomendado para menores de 21 anos, a menos que tenham HIV e sejam sexualmente ativas.
Nos EUA, o rastreamento para câncer do colo do útero não é recomendado para menores de 21 anos, a menos que tenham HIV e sejam sexualmente ativas.| Foto: Bigstock

Três em cada quatro exames de Papanicolaou realizados em mulheres de 15 a 20 anos nos Estados Unidos podem ter sido realizados sem necessidade. Os dados fazem parte de estimativas publicadas no periódico JAMA Internal Medicine. A maioria dos exames registrados na pesquisa (71,9%) foi provavelmente desnecessária.

Pesquisadores do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) nos Estados Unidos, explicaram que o rastreamento para câncer do colo do útero não é recomendado para menores de 21 anos, a menos que tenham HIV e sejam sexualmente ativas. Segundo eles, “o American College of Obstetricians and Gynecologists reconheceu também que não há evidências indicando que o exame pélvico com espéculo ou bimanual deva ser feito como rotina em mulheres saudáveis e assintomáticas com menos de 21 anos, e recomendou que esses exames sejam realizados somente quando houver indicação clínica".

Os exames foram tomados como potencialmente desnecessários quando não indicados para gestação, tratamento de infecções sexualmente transmissíveis nos últimos 12 meses ou outra questão de saúde. A médica Melissa A. Simon, vice-presidente de pesquisa clínica do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Northwestern University Feinberg School of Medicine, nos Estados Unidos, aponta os riscos dos exames desnecessários.

"Muitas mulheres (mais jovens e mais velhas) associam o exame pélvico a medo, ansiedade, vergonha, desconforto e dor", diz. "Meninas e mulheres com história de violência sexual podem ser ainda mais vulneráveis”.

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