Por serem vírus que usam receptores diferentes para infectar, e não há muita interação entre o Sars-CoV-2 e o influenza
Por serem vírus que usam receptores diferentes para infectar, e não há muita interação entre o Sars-CoV-2 e o influenza.| Foto: Bigstock

Os vírus influenza, da gripe, e o que provoca a Covid-19 não compartilham informações. Com isso a proliferação de casos de "flurona" (contágios com ambas as doenças ao mesmo tempo) não aumenta o risco de o coronavírus evoluir para variantes mais perigosas, disse nesta terça-feira (4), em entrevista coletiva, o epidemiologista Abdi Mahamud, da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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O epidemiologista explicou que "são vírus de espécies completamente diferentes que usam receptores diferentes para infectar, e não há muita interação entre eles". Ele acrescentou ainda, que "mutações do coronavírus Sars-CoV-2 tendem a ocorrer especialmente em pessoas não vacinadas, nas quais o patógeno tem maior probabilidade de se replicar".

"O principal objetivo para combater a propagação do coronavírus deve continuar sendo vacinar todos para que as chances de mutação sejam reduzidas", completou Mahamud. Ele também considerou normal o surgimento de mais casos de "flurona" do que anteriormente, devido ao maior relaxamento em relação à pandemia em diversos países e à redução nas vacinações contra a gripe em algumas localidades.

Coinfecção

Casos de coinfecção não são tão incomuns. Um estudo divulgado em maio de 2021 mostra que até 19% dos pacientes com Covid-19 têm coinfecções. A maior prevalência foi observada em pacientes que não estavam na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo de 29%. Os pesquisadores reforçam a importância da testagem para "identificar e tratar infecções respiratórias concomitantes entre pacientes com infecção por Sars-CoV-2.

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