Escolher um laboratório especializado e reduzir o tempo de jejum do bebê são algumas dicas para fazer exames de sangue em bebês.
Escolher um laboratório especializado e reduzir o tempo de jejum do bebê são algumas dicas para fazer exames de sangue em bebês.| Foto: Bigstock

Mesmo que o bebê pareça saudável e esteja se desenvolvendo adequadamente, ele precisa realizar exames de sangue, urina e fezes ao completar um ano de idade, para garantir que está tudo bem. “Aí parece que quem vai fazer os exames é a gente”, conta a auxiliar administrativa Eliédina Alencar Blaskovi, de 28 anos. Inclusive, “lembro que chorei junto com meus filhos na hora”, relata.

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Só que, apesar da ansiedade dos pais nesse momento, essa investigação é necessária para a saúde do bebê. Afinal, “o check-up complementa a avaliação realizada pelo médico em relação a ganho de peso, altura, condições gerais da criança e desenvolvimento neurológico dela”, explica o pediatra Luiz Renato Valério, ao afirmar que a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) indica nessa idade o hemograma, dosagem de ferro e exames de urina e fezes.

Os dados, segundo ele, mostram se o bebê está com anemia ou alguma parasitose intestinal, por exemplo, e podem trazer indícios de outros problemas que o médico suspeite. “Então, de acordo com cada caso, o pediatra pode solicitar outros testes”, adianta. “Mas, na grande maioria dos casos, são exames rotineiros para mostrar que a criança está bem e que não há motivo de preocupação”.

No entanto, a coleta desses exames precisa dar certo para que o resultado seja efetivo. “E isso não aconteceu com o meu caçula”, lamenta a mãe Eliédina, ao lembrar que o filho Adriel chorou muito durante a tentativa e, ainda que o laboratório fosse especializado em crianças, o sangue não saiu. “Ficaram cutucando ele e isso tornou tudo ainda mais doloroso”, recorda.

Segundo ela, foi necessário repetir os exames, então ela e o esposo Eduardo fizeram o possível para tranquilizar o filho enquanto três enfermeiras realizavam o procedimento. “Ficamos ao lado dele fazendo carinho, cantando, e ainda bem que deu certo”.  

Esse contato de afeto é fundamental para o sucesso da coleta, de acordo o pediatra Luiz Renato, e outras dicas também podem tornar o momento mais tranquilo. Veja quais são:

  1. Prefira um laboratório especializado em crianças

    Pesquisar a respeito do local é importante para que a família tenha certeza de que o laboratório é equipado para atendimento infantil e está acostumado com esse atendimento. Afinal, “a abordagem com bebês precisa ser diferente, assim como a própria coleta”, afirma o pediatra, citando que o acesso às veias é mais difícil em crianças pequenas e que todo o processo exige muita paciência do profissional.
  2. Reduza o tempo de jejum

    Além disso, Luiz Renato afirma que o jejum não interfere no resultado em caso de bebês. Por isso, a recomendação é apenas evitar que a criança coma alimentos sólidos no período de duas a três horas antes da coleta, e a amamentação no seio pode ocorrer normalmente para acalmar o pequeno.
  3. Capriche na higiene do bebê

    Como o exame de urina também faz parte dos exames de rotina nessa fase, é importante caprichar na higiene da criança antes da coleta. De acordo com o médico, isso evita alterações no resultado devido a alguma contaminação por bactérias da pele ou da região genital, e ainda pode acalmar o pequeno com um banho gostoso antes dos exames.
  4. Não se apavore!

    Vale ressaltar que é comum pai, mãe, tios ou avós ficarem nervosos antes e durante o procedimento, mas isso apenas prejudica o processo. Então, quem decidir acompanhar a coleta precisa manter a calma, conversar com o bebê, cantar para ele e tentar distraí-lo, enquanto lembra que será algo rápido realizado para o bem da criança.
  5. Transmita afeto durante a coleta

    Claro que a criança não vai gostar do processo. No entanto, o bebê enfrentará a situação com mais facilidade se estiver acompanhada por alguém próximo que está acostumado a lhe dar afeto, como pai, mãe ou avó. “Lembrando que essa pessoa deve manter contato visual com a criança para que o pequeno veja alguém que ele gosta e se sinta mais seguro e protegido”.
  6. Ajude a equipe

    Também é importante que o acompanhante esteja disposto a segurar a criança em caso de necessidade. “Ou seja, deve ter a intenção de ajudar mesmo, pois não adianta deixar o bracinho do bebê solto ou molinho”, afirma o especialista, ao alertar que isso pode até fazer com que o bebê se machuque durante a coleta. “Tem que ser uma ajuda efetiva”, pontua.
  7. Tire todas as dúvidas com o pediatra

    Por fim, se ficarem dúvidas em relação ao resultado dos exames, vale a pena conversar com o pediatra da criança para receber orientações, principalmente no caso de alguma alteração. “Aí serão realizados novos exames para complementação e outros médicos podem ser consultados”, finaliza Luiz Renato.
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