Pular aplicações de insulina faz com que o diabético emagreça, mas pode acarretar internações e até a morte.
Insulina deu mais tempo de vida e com maior qualidade a diabéticos, que estão mais predispostos a doenças cardiovasculares.| Foto: Bigstock

A diabete é uma doença silenciosa e que tem ligação direta com doenças cardiovasculares que podem resultar, até mesmo, em morte.

Tanto é assim que, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 80% das mortes por diabete relacionam-se a problemas cardíacos e renais, ou seja, vasculares. E mais de dois terços dos que morrem do coração têm diabete.

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A diabete, doença crônica que afeta a maneira como o corpo metaboliza a glicose, atinge 16 milhões de indivíduos no Brasil, um em cada nove adultos, e estima-se que 46% deles não sabem dessa condição. Mais da metade de quem tem alguma doença cardíaca apresenta também algum transtorno relacionado à glicose no organismo.

Antes e depois da diabete após a insulina

Antes da descoberta da insulina, em 1921, desnutrição, infecções e coma cetoacidótico levavam diabéticos à morte, como explica José Francisco Kerr Saraiva , diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC. A insulina permitiu que essas pessoas pudessem viver e envelhecer e, com isso, surgirem as doenças cardiovasculares.

Diagnóstico tardio

A importância do diagnóstico precoce é fundamental, pois que pode azarretar complicações irreversíveis. Comumente, a doença é diagnosticada mediante o surgimento de lesões na retina, no rim, disfunção erétil ou doença cardíaca, por exemplo.

Entre as formas de tentar controlar a diabete está reduzir o peso, que diminui a sobrecarga na produção de insulina. "Isso acaba levando à chamada intolerância ou resistência à insulina. Sabemos que o excesso de peso vai muito além do acúmulo de gordura. Essa adiposidade abdominal, inclusive, ganhou recentemente um nome na Organização Mundial da Saúde (OMS): são as adiposopatias, ou seja, doenças relacionadas à produção de hormônios no tecido gorduroso ao redor do fígado e dos intestinos, que podem neutralizar a ação da insulina, predispondo ao diabetes”, explica o diretor.

Comer de modo mais saudável e fazer exercícios são formas de prevenir o surgimento da diabete e, junto ao uso correto da medicação, à prevenção de problemas derivados em quem tem a doença.

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