Expectativa é que informações sobre a vacina Coronavac sejam encaminhadas à agência na próxima quarta-feira (23)| Foto: Bigstock
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O Instituto Butantan, responsável pelos testes e pela produção da vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, anunciou que a terceira fase da pesquisa foi finalizada, e que os resultados serão enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O envio das informações, com os dados de eficácia da vacina, está previsto para esta quarta-feira (23).

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A princípio, havia a expectativa de que o Instituto divulgasse os dados dos estudos clínicos de fase 3 no último dia 15. Na data, porém, o braço brasileiro da pesquisa adiou a entrega dos resultados, sob o argumento de que enviaria um conjunto mais completo de informações à Anvisa no mesmo dia que a Sinovac solicitasse o registro da vacina na agência regulatória chinesa.

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De acordo com o Butantan, China, Turquia e Indonésia já liberaram o uso emergencial do imunizante. Na China, inclusive, estima-se que 390 mil pessoas tenham recebido as duas doses da vacina, segundo o instituto.

A expectativa do instituto é que a vacina esteja disponível para a população brasileira em janeiro. O governador de São Paulo, João Dória, já anunciou a data do dia 25 de janeiro para início da vacinação. A data exata, porém, depende da aprovação da vacina pela agência regulatória.

Coronavac: o que sabemos?

Até o momento, não há dados de eficácia da Coronavac, mas os desenvolvedores já divulgaram os números de imunogenicidade da vacina. Esta se refere à capacidade de o imunizante em provocar uma resposta do sistema imunológico, produzindo anticorpos.

No caso da vacina desenvolvida pela Sinovac, verificou-se uma imunogenicidade de 97%. Os dados foram publicados na revista científica Lancet, no dia 17 de novembro, que indicaram, ainda, a segurança do imunizante.

Cercada de fake news, a Coronavac utiliza de uma estratégia de ação clássica na produção de vacinas, que é o uso do vírus inativado. A vacina da gripe (influenza), por exemplo, usa da mesma abordagem.

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Para a produção deste tipo de imunizante, os pesquisadores replicam o novo coronavírus em grandes quantidades, em laboratórios de alta segurança. Depois, por meio de processos físico-químicos, seja pelo calor ou pelo uso de substâncias químicas, os tornam inativos - incapazes de gerar a doença.

Esse vírus inativado é incorporado à vacina, que é aplicada. Dentro do organismo, ele servirá como uma "carcaça" que vai ensinar o sistema imunológico a se defender, e a proteger contra o microrganismo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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