O uso do ozônio pode causar danos agudos e crônicos em humanos, como lesões na pele, nas vias respiratórias e nos olhos.
O uso do ozônio pode causar danos agudos e crônicos em humanos, como lesões na pele, nas vias respiratórias e nos olhos.| Foto: Bigstock

Desde o surgimento da pandemia do novo coronavírus, diversas soluções de desinfecção começaram a ser pesquisadas e muitas delas sustentaram alegações não comprovadas cientificamente. Uma deles é o ozônio, que agora entrou na mira da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com uma nota técnica da agência publicada nesta quarta-feira (4), uma revisão de dados de estudos nacionais e internacionais concluiu que não foram apresentadas evidências científicas relacionadas à eficácia desinfetante do ozônio contra o vírus. As informações são da Anvisa.

O documento também afirma que, embora essa substância tenha ação desinfetante na água de consumo humano e seja usada com esta finalidade, principalmente na Europa, o uso do ozônio tem potencial para causar danos agudos e crônicos em humanos, caracterizados por lesões na pele, nas vias respiratórias e nos olhos, e por reações alérgicas.

Segundo marcos legais e regulatórios vigentes, equipamentos ou estruturas que usam ozônio para desinfecção de ambientes públicos e de superfícies em geral não estão sujeitos à regularização junto à Anvisa, de acordo com a nota. “Contudo, os ensaios de comprovação de eficácia e segurança da substância produzida por tais equipamentos devem ser realizados e mantidos pelas empresas, para fins de fiscalização”, diz o documento.  

A Anvisa esclarece, ainda, que essas informações poderão ser alteradas a qualquer momento, considerando possíveis atualizações sobre o assunto.

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