Durante uma palestra virtual, o diretor-presidente da agência disse que vacinas precisarão de 3ª dose, mas não disse quais
Durante uma palestra virtual, o diretor-presidente da agência disse que vacinas precisarão de 3ª dose, mas não disse quais.| Foto: Bigstock

Algumas vacinas contra a Covid-19 demandarão uma terceira dose, de acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres. A afirmação foi feita durante uma palestra virtual promovida pela Associação Comercial do Rio de Janeiro, ocorrida na terça-feira (13).

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Segundo Torres, embora ele acredite que algumas vacinas terão essa necessidade de reforço em uma terceira aplicação, ele não soube dizer quais e reforçou se tratar de uma opinião pessoal. "É estudado no mundo inteiro. O mundo inteiro está debruçado nisso, e o objetivo é obter a imunização segura e mais duradoura", disse. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil.

Por enquanto, nenhum imunizante possui um esquema vacinal com a necessidade de três aplicações. A Anvisa é a agência responsável pela autorização de uso e aprovação das bulas das vacinas que são administradas no território nacional.

Vacinas contra Covid-19 no Brasil

Até o início de julho, as vacinas contra a Covid-19 que receberam a autorização de uso – seja emergencial ou definitivo – no Brasil foram:

  • AstraZeneca/Oxford/Fiocruz;
  • Pfizer;
  • Sinovac/Instituto Butantan;
  • Janssen.

As três primeiras têm um esquema vacinal de duas doses, enquanto que a última, produzida pelo braço farmacêutico da Johnson & Johnson, é de dose única. As vacinas Sputnik V, produzida pelo instituto russo Gamaleya, e a Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, receberam autorização para importação, mas com limitações.

Terceira dose

Na última quinta-feira (8), a farmacêutica Pfizer anunciou que está desenvolvendo uma terceira dose do imunizante, a fim de aumentar a imunidade e proteger contra as novas variantes da Covid-19. A desenvolvedora anunciou também que logo publicaria mais dados sobre uma dose de reforço e que buscaria a aprovação de agências regulatórias, como FDA norte-americano e a EMA, Agência Europeia de Medicamentos.

Em Israel, pessoas com a imunidade comprometida podem receber uma dose de reforço da vacina da Pfizer. O objetivo, segundo divulgou o jornal norte-americano Washington Post, é aumentar os níveis de anticorpos de pessoas com problemas de imunidade, como pacientes oncológicos ou quem passou por transplante.

O governo do Chile também destacou que avalia a possibilidade da terceira dose. E, no Brasil, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também levantou a hipótese de uma terceira aplicação.

"Mistura" de vacinas

Sobre a possibilidade de um esquema vacinal que "misture" diferentes vacinas a cada aplicação, o diretor-presidente da Anvisa disse que pode ser uma possibilidade.

"A atividade reguladora não é a locomotiva desse processo. Ela é vagão. Vamos a reboque do desenvolvedor ou do pesquisador que nos apresentar suas conclusões, para que possamos avaliar e referendar. Estamos falando de uma interação de imunobiológicos de origens e plataformas diferentes. Vem muito da comunidade científica. No momento, estamos acompanhando algumas situações que podem no futuro ter um posicionamento nosso", disse, segundo divulgou a Agência Brasil.

Medidas semelhantes têm sido adotadas em outros países. Já no Brasil, gestantes receberam esta recomendação de entidades médicas, como a Febrasgo.

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