Hipertensão é presença em grande maioria dos casos de óbito
Hipertensão é presença em grande maioria dos casos de óbito| Foto: Bigstock

Se repetirmos o perfil das mortes pelo Covid-19 na Itália, país que é o epicentro da pandemia na Europa, os muito idosos, hipertensos e especialmente os homens são a parcela da população que deve ficar mais atenta para não quebrar o isolamento social e as regras de higiene exigidas pelo momento.

Isso porque, segundo dados do Istituto Superiore di Sanità, da Itália, do último dia 30 de março, um raio-X dos mortos pela doença até agora aponta para a fragilidade dos hipertensos: esta comorbidade está presente em 73,5% das mortes. Com 9.544 óbitos de indivíduos acima dos 60 anos, entre as 10.026 analisadas, os idosos representam 95% das mortes. Somente acima dos 70 anos, são 8.382 mortes (84% do total).   

Hipertensos, idosos, mas principalmente os homens. Na Itália, até o momento, eles representam mais que o dobro das mortes quando analisados os óbitos por sexo pela Covid-19, de 69,2%. Enquanto isso, as mulheres representam 30,8%, com uma média de idade superior a dos homens, de 82 anos.

Entre eles, a média é de 78 anos no país europeu. Mas, embora a idade das vítimas seja alta, se levar em consideração apenas as pessoas que se contaminaram pela doença, a idade média cai para 62 anos.

Comorbidades problemáticas

Além da hipertensão arterial, seguem presentes entre os óbitos os portadores de diabete (31,5%), cardiopatia isquêmica (27,4%), insuficiência renal crônica (23,8%), fibrilação atrial (23%), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) (18,3%), câncer ativo nos últimos 5 anos (16,5%), insuficiência cardíaca (16,4%), demência (16,1%), derrame (12%) e doença hepática crônica (4,6%).

Os dados somados ultrapassam 100% porque muitas vítimas tinham mais de uma comorbidade associada. Aliás, pessoas com três ou mais comorbidades somam maior número de vítimas do Covid-19, representando 51,7%. Na sequência, indivíduos com duas comorbidades 24,5% e com uma comorbidade 21,6%. Indivíduos sem comorbidades representam 2,1% dos óbitos.

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