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Deixar a casa dos pais e embarcar numa aventura em um país estrangeiro faz parte das fantasias de muitos adolescentes brasileiros. Mas para que a experiência tenha resultados benéficos alguns cuidados precisam ser tomados.

No modelo tradicional de intercâmbio para adolescentes (entre 15 e 18 anos), o jovem é acolhido por uma família do país de destino, que será responsável por fornecer acomodação, alimentação e cuidar do intercambista durante sua permanência no país. As famílias hospedeiras são voluntárias, ou seja, não recebem pela hospedagem oferecida, e acolhem os estrangeiros para poderem ter contato com outras culturas e divulgar o próprio modo de vida ao visitante.

Durante o intercâmbio, o adolescente frequenta a escola, normalmente pública. Alguns programas oferecem a opção de curso em escolas particulares, mas nesse caso os custos são maiores. A duração varia de um semestre (5 meses de aula) a um ano escolar (10 meses). De acordo com a professora do Colégio Sion, de Curitiba, Maria Cecília Píccoli, o intercâmbio é bastante válido para que o estudante possa aprender sobre pessoas e cidades, exercitar o convívio longe dos pais e ter contato com novas culturas. “O programa abre os horizontes do aluno para uma nova realidade”, afirma.

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Com o programa, o jovem terá a chance de praticar de forma intensa a língua estrangeira, ganhando fluência na fala e na escrita, um diferencial importante para o mercado de trabalho. Mas talvez os principais benefícios do intercâmbio na adolescência sejam emocionais e psicológicos. Ao ter de conviver com pessoas estranhas sem a intermediação dos pais, o adolescente acaba desenvolvendo a autoconfiança, maior flexibilidade no relacionamento humano e tolerância com as diferenças culturais.

EUA é o destino preferido

Segundo dados da Unesco, entre 2011 e 2012 o número total de brasileiros estudando fora era de 30.729. Desse total, 8.745 estava nos Estados Unidos, o destino mais procurado pelos estudantes, seguido de Portugal (5.172) e França (4.039). Parte do interesse dos jovens pelos EUA é explicado pela longa tradição do país em receber estudantes estrangeiros.

A partir do final da Segunda Guerra, os programas de intercâmbio para estudantes do ensino médio (high school) tornaram-se mais populares como uma estratégia para melhorar a compreensão e tolerância em relação a novas culturas, além de uma forma de se aprender ou aprimorar uma língua nova. Há até um órgão público nos EUA responsável por garantir a segurança e o bem-estar dos estudantes durante sua permanência no país.

O que levar em conta

Antes de qualquer coisa, os pais precisam confirmar o desejo do adolescente de fazer intercâmbio. Muitos jovens simplesmente não querer participar da experiência. Nesse caso, os pais não devem obrigá-lo. O melhor é dar tempo ao adolescente, explicando melhor como o programa funciona, passando informações e incentivando o jovem a conversar com outros intercambistas.

Outro fator que precisa ser lavado em conta é quão maduro o jovem é. Ficar longe da família, conviver com estranhos, mudar de alimentação e escola são processos que exigem maturidade para serem assimilados e transformados em uma experiência gratificante. Caso contrário, o adolescente pode ter sérios problemas para se adaptar.

Também é fundamental escolher uma boa empresa de intercâmbio. Para isso, informe-se sobre cada pacote oferecido e os itens inclusos. Conversar com quem já contratou os serviços da empresa é uma boa forma de orientar a melhor a escolha.

Se o destino planejado for os EUA, o Council on Standards for International Educational Travel (CSIET), organização norte-americana independente que tem por objetivo avaliar, disciplinar e dar credibilidade aos programas de intercâmbio para adolescentes em high school, orienta as famílias a exigirem do agente brasileiro informações detalhadas sobre qual é a entidade norte-americana organizadora do programa. Isso é importante porque a entidade estrangeira é responsável pela seleção das famílias hospedeiras e pelo acompanhamento do estudante durante o intercâmbio.

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