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A Polícia Civil de Canarana, município a 838 km de Cuiabá, no Mato Grosso do Sul, resgatou uma índia recém-nascida que foi enterrada viva pela família, na tarde desta terça-feira (5). Tida como morta pelos familiares, a criança foi achada pela polícia em uma cova de 50 centímetros de profundidade, onde estava há pelo menos sete horas.

Segundo a família, a mãe do bebê tem 15 anos e deu à luz no banheiro da casa da família de indígenas, por volta das 14 horas da terça-feira, após sentir forte contrações. Ao portal G1 Mato Grosso, uma das policiais disse que a criança caiu no chão do banheiro e bateu a cabeça. Os familiares da adolescente ficaram observando e como o bebê não esboçou qualquer reação, entenderam que ele estava morto. “Então um dos anciãos pegou a criança, sem que a mãe e a avó percebessem e a enterrou”, explicou.

Bebê nasce com o coração fora do corpo, se recupera bem e supera expectativas

O caso só foi descoberto graças a uma denúncia anônima feita à Polícia Militar, dando conta de que um bebê havia morrido após o parto e sido enterrado sem passar pelo Instituto Médico Legal (IML), da região. Por isso os policiais foram até o local indicado para saber o que havia acontecido e levar o corpo ao instituto. A própria família indicou o local em que o corpo estava e por volta das 22 horas, no horário local, a criança foi encontrada enrolada em um pano e ainda com vida.

Retirada do buraco ela seguiu às pressas em uma ambulância para o hospital da cidade e horas mais tarde foi transferida de Canarana para o Hospital Regional de Água Boa, a 736 km de Cuiabá. Com fraturas na cabeça e um afundamento no crânio, o bebê continua em observação. A mãe está com a saúde bastante debilitada e com hemorragia.

Investigação

Nesta quarta-feira (6) as autoridades identificaram a bisavó da adolescente, Kutz Amin, de 57 anos, como a responsável por enterrar a criança ainda com vida. Kutz foi autuada por tentativa de homicídio. “Ela confessou que cortou o cordão umbilical do bebê e, por não ter chorado, ela acreditou que a menina estava morta. Ela fez o enterro do bebê na cultura deles, sem comunicar às autoridades”, disse o delegado Deuel Paixão de Santana, ao G1 Mato Grosso.

Até amanhã a bisavó deve ser apresentada à Justiça em uma audiência de custódia e a Fundação Nacional do Índio (Funai) acompanha a situação com a família. E segundo Santana, futuramente a avó poderá responder por participação e a adolescente por um ato infracional.

Assista ao momento do resgate:

 

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