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Uma das versões mais difundidas para se explicar a origem da árvore de Natal como símbolo cristão faz referência a um embate envolvendo um santo católico e o deus nórdico Thor.

Conta a tradição que, no século VIII, São Bonifácio, então bispo na região conhecida como Germânia, foi responsável por um grande número de conversões de pagãos, adoradores de deuses nórdicos. Esses cristãos recém-convertidos, contudo, eram vacilantes em sua nova fé e, ao serem assediados por sacerdotes pagãos, com frequência retomavam hábitos da antiga religião.

Certa vez, quando Bonifácio teve de fazer uma longa viagem até Roma, os recém-convertidos de um povoado no local que hoje é a Baixa Saxônia estavam prestes a oferecer a vida de nove meninos em sacrifício ao deus Thor. Eles estariam amarrados a um grande carvalho, representando a divindade e seriam mortos ali mesmo.

Bonifácio, então, chegou ao local, viu o que estava ocorrendo e impediu a morte das crianças. Ele exortou seus antigos fiéis a voltarem à fé cristã e pediu para que aquele carvalho fosse derrubado. Contudo sacerdotes pagãos presentes no local avisaram que aquele que tentasse derrubar a árvore de Thor seria pulverizado pelos raios do deus nórdico, que cairiam o céu.

Descrédito

Diante da ameaça, o próprio Bonifácio teria pego um machado e derrubado o grande carvalho ali mesmo, sem que nada ocorresse a ele. A cena foi suficiente para que os sacerdotes pagãos saíssem do povoado desacreditados e os habitantes locais voltassem à fé cristã.

A queda do carvalho teria provocado uma grande destruição na mata, mas alguns pequenos pinheiros teriam permanecido em pé e sem danos. Bonifácio, então, teria escolhido aqueles pequenos pinheiros como símbolos do Deus verdadeiro. De acordo com sua pregação, embora fossem pequenos e frágeis, como o menino Jesus, eles resistiram ao mal e permaneceram firmes.

Depois do ocorrido, em pouco tempo se popularizou na Germânia o hábito de se cultivar pinheiros e vinculá-los ao menino Jesus. A tradição foi importada por países vizinhos, como a Áustria e a França, e o costume chegou à própria Roma. Até hoje, todos os anos uma enorme árvore real é trazida de alguma região da Europa e colocada no centro da Praça São Pedro, no Vaticano, onde permanece até a passagem do tempo do Natal.

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