Sem orientação, seu filho corre o risco de considerar as redes sociais tão essenciais quanto oxigênio.
Sem orientação, seu filho corre o risco de considerar as redes sociais tão essenciais quanto oxigênio.| Foto: Laura Chouette/Unsplash

Crianças e adolescentes têm aprendido cedo a desfrutar da dose de dopamina que uma curtida em uma foto postada nas redes sociais pode oferecer. Abby Watts, mãe de dois meninos e gerente de conteúdo do portal iMom, conta de uma experiência com o filho de 10 anos, pedindo a ela que publicasse uma foto sua no Facebook. “Naquele breve momento, tive uma pequena amostra dos efeitos das redes sociais nas crianças”, diz ela em um artigo no portal.

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Abby recorda que, segundo estudos, crianças que passam mais de três horas por dia nas redes sociais correm risco de ter uma saúde mental debilitada, enquanto outras pesquisas dizem que adolescentes de 13 a 18 anos passam em média 3 horas e 1 minuto por dia nas redes. “Basta ligar os pontos: o adolescente médio está com a sua saúde mental em risco”, comenta ela, que oferece três dicas para avaliar os hábitos de seus filhos em relação a isso – além de checar o relatório de uso do seu smartphone:

A sua vida real e a sua vida nas redes sociais não batem

Publicar conteúdo nas redes sociais é uma tarefa de curadoria, que permite transmitir aos outros a impressão que queiramos que tenham sobre a nossa vida. E aí tudo facilmente escorrega para uma lógica de comparação entre músculos, maquiagens, curvas e viagens.

“Se você acha que os posts de seu filho nas redes sociais são muito diferentes do que a sua vida é na realidade, então é um sinal de que ele está tentando aparentar o que ele não é”, diz Abby, ressaltando que para avaliar isso é essencial ter acesso ao que os filhos publicam.

Êxitos e experiências não importam tanto na vida real

“A filha de um amigo meu quebrou um recorde de natação e, assim que recebeu a medalha, pegou o celular para postar uma foto. Meu amigo disse: ‘Por que postar agora? Aproveite o momento’. Sua filha respondeu: ‘É assim que eu aproveito: compartilhando’”, recorda Abby.

Compartilhar as alegrias com os amigos é ótimo, desde que exista uma alegria verdadeira a ser compartilhada, e não apenas o desejo de impressionar os outros. Se seu filho parece não aproveitar a vida quando está longe das redes sociais, é hora de planejar algumas atividades que deixem o aparelho intencionalmente distante.

Ele fica ansioso quando não está usando as redes sociais

Quanto mais jovem se é, mais se corre o risco de considerar o celular tão essencial quanto oxigênio. Se nós, adultos, já ficamos angustiados se esquecemos o celular em casa, ou se até mesmo o levamos conosco a cada cômodo da casa, imagine como é para alguém nascido no olho do furacão da popularização dos smartphones.

“A saúde mental do seu filho merece que ações sejam tomadas”, diz Abby. Criar o hábito – isso vale tanto para nós quanto para os nossos filhos – de dormir e de fazer as refeições longe do smartphone é um passo que pode fazer toda a diferença para evitar criar dependência do uso das redes.

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