Veja a história de superação que une o criador de Procurando Dory e esse pequeno bebê
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Francis William é um bebê que nasceu prematuro, com apenas 700 gramas, em 13 de janeiro de 2015, depois de 23 semanas de gestação. A fragilidade do bebê era tamanha que os médicos lhe deram 15% de chances de sobrevivência, segundo contam os seus pais, Jeffrey e Maureen Azize, que vivem em Little Compton, no estado de Rhode Island, nos EUA.

“Eu não queria criar falsas esperanças”, diz o pai. “Chamei um dos médicos e perguntei como Francis estava indo. Ele me respondeu: ‘Deixa eu te dizer uma coisa: as estatísticas estão todas contra Francis’”.

Enquanto os pais permaneciam com o bebê, na UTI neonatal da Ronald McDonald House, em Providence, Rhode Island, a irmã de Maureen usou algumas canetas coloridas para desenhar no quadro branco do quarto, com o fim de tornar o ambiente mais agradável. Ela desenhou alguns personagens que remetiam ao filme Procurando Nemo.

“Um dia, aconteceu uma coisa super-aleatória. O irmão de Maureen nos mandou um vídeo de uma palestra do TED”. Era uma fala de Andrew Stanton, o criador de Procurando Nemo e da sequência que chega aos cinemas neste mês, Procurando Dory. “Eu nasci prematuro”, diz Stanton no vídeo. “Eu estava bastante doente. Quando o médico viu aquele garotinho amarelo, olhou para a minha mãe e disse: ‘Ele não vai sobreviver’. Fiquei no hospital por meses. Sobrevivi. Qualquer coisa de bom que eu faça, é porque estou tentando ser digno da segunda chance que me foi dada”.

O testemunho do cineasta arrancou lágrimas do casal. “Foi muito emocionante ouvir a história dele”, diz a mãe. “Foi inspirador ouvir como ele era grato aos seus pais por lhe terem dado uma chance. O vídeo nos confirmou que foi a escolha certa dar uma chance a Francis”, afirma ela.

Cerca de um mês depois, aconteceu mais uma coincidência. O irmão de Maureen, Charles Kinanne, o mesmo que havia enviado o vídeo para o casal, sentou ao lado de Stanton em um voo. “Sr. Stanton, eu não quero incomodar, mas minha irmã e meu cunhado têm um filho na UTI neonatal e a sua palestra no TED realmente nos inspirou”, disse Kinanne ao cineasta. Ele lhe mostrou algumas fotos de Francis e contou a história do pequeno.

“Ele não poderia ter sido mais gentil”, conta o tio do bebê. No fim do voo, Stanton entregou a Kinnane um autógrafo onde se lia: “Para Francis William: continue a nadar!”, ao lado de um pequeno desenho do Nemo. “Nós, prematuros, temos que nos manter unidos”, disse Stanton.

Depois de 118 dias no hospital, Francis continuou a nadar e pôde finalmente ir para casa. Hoje já tem quase um ano e meio e é um garotinho saudável. “Quanto ao seu desenvolvimento, ele está no ponto em que deveria estar”, confirma a mãe. “Atualmente está no processo de aprender a andar. Ele ainda não consegue, mas quer chegar lá”, diz ela.

Os pais produziram um vídeo sobre a história de Francis e o publicaram no Facebook no dia 17 de junho. Até agora, o vídeo já teve mais de 10,4 milhões de visualizações e mais de 105 mil curtidas.

O próprio Andrew Stanton compartilhou o vídeo no Twitter, comentando: “Não consigo parar de chorar. ‘Profundamente emocionado’ seria um eufemismo”.

Foi uma jornada cheia de altos e baixos para a família. “Dizem que é como uma montanha-russa, e é mesmo. Às vezes ela descarrilha, mas Francis recebeu muitas orações e muito amor de todos e está avançando”, conta Maureen. “A equipe, os enfermeiros, os médicos – eles são pessoas especiais na linha de frente em defesa das vidas frágeis”, diz ela.

“Eu não posso nem imaginar as grandes coisas que Francis vai fazer em sua vida”, diz Jeffrey. “Ele continua a nadar e a lutar. Nós quisemos dar a ele essa chance”, afirma Maureen.

 

Com informações de ABC News.

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