Maio foi o mês escolhido por vários grupos pró-vida para promoverem a causa do respeito à vida humana desde a concepção. As chamadas marchas pela vida, que anteriormente eram concentradas em Brasília, ocorrem em número cada vez maior de cidades. Neste ano foi a capital fluminense que abriu a temporada de manifestações.
No dia 1º, a cidade do Rio de Janeiro recebeu a 4ª edição da Marcha Pela Vida, promovida pelo Movimento Brasil sem Aborto. Entre as centenas de manifestantes estavam mães com seus filhos, autoridades políticas, ativistas pró-vida e representantes religiosos.
A principal bandeira foi, mais uma vez, a aprovação do Estatuto do Nascituro, que protege os direitos da criança ainda não nascida, assim como da gestante. O evento na capital Fluminense teve como tema “Protegendo o trabalhador do futuro”, numa alusão ao feriado do Dia do Trabalhador.
Como participante de destaque na passeata que percorreu toda a orla de Copacabana estava a ex-feminista Sara Winter. Ela foi primeira brasileira a integrante do Femen, o grupo feminista mais radical da Europa. A mudança de vida ocorreu após o nascimento de seu filho Hector Valentim. Sara é hoje uma das principais defensoras da maternidade e vem ganhando papel de destaque cada vez maior no movimento pró-vida.
No Brasil
Durante este mês acontecem outras três marchas. No dia 19 a cidade de Catalão, em Goiás, recebe sua 3ª edição e Goiânia a 8ª. Já no dia 21 é a vez de Campo Grande promover pela terceira vez o evento.
No dia 7 de junho, o Movimento Brasil sem Aborto, que completa 10 anos em 2016, organizará a 9ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida contra o Aborto, em Brasília, com o tema “Quero viver! Você me ajuda?”. Além da aprovação do Estatuto do Nascituro, o objetivo da manifestação é questionar o PL 882/2015, que em seu artigo 19 revoga os artigos 124, 126 e 128 do atual Código Penal, e faz com que o aborto deixe de ser crime, em qualquer circunstância, exceto quando realizado contra a vontade da gestante; e também a SUG 15/2014, que pede a realização do aborto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) até 12 semanas de gestação, bastando a vontade da gestante.