Devoção a Santo Antônio e mês fraco para o comércio foram pontos observados para a criação da data que difere do resto do mundo.
Devoção a Santo Antônio e mês fraco para o comércio foram pontos observados para a criação da data que difere do resto do mundo.| Foto: Bigstock

Vários países da Europa e da América do Norte celebram o Dia dos Namorados em 14 de fevereiro por que este é o dia de São Valentim. Considerado santo e mártir pela Igreja Católica, Valentim foi um bispo que viveu no século III, num tempo em que o Império Romano era hostil ao cristianismo.

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Na época, o imperador Claudio II decretou a proibição dos casamentos por considerar que homens solteiros eram melhores soldados. O bispo Valentim se destacava por celebrar o matrimônio de muitos casais e não acatou a ordem do imperador. Ele prosseguiu com as celebrações, ainda que de forma clandestina.

A rebeldia de Valentim foi punida com a prisão. Em seu cativeiro, passou a receber cartas de gratidão dos casais que tiveram o casamento celebrado por ele. Algum tempo depois, Valentim foi condenado à morte, sendo decapitado. No ano 496, o papa Gelásio I canonizou Valentim e o propôs como padroeiro dos namorados.

Mas, no Brasil...

A história e a devoção por São Valentim, no entanto, nunca foram muito populares no Brasil. Diversas fontes atestam que partiu do publicitário baiano João Dória, em 1949, a iniciativa de promover no país uma festa semelhante, mas com um motivo que se conectasse melhor com a cultura local. A solução foi adotar a véspera da festa de Santo Antônio (13 de junho) como o Dia dos Namorados.

O fato de muitos brasileiros serem devotos do santo português e atribuírem a ele a fama de “santo casamenteiro” ajudou a justificar a opção pela data. Mas é sabido que na década de 1940 o mês de junho era um dos mais fracos para o comércio nacional, o que certamente influenciou na escolha. Ao que tudo indica, a aposta de Dória para aquecer o comércio deu certo.

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