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Aos 12 anos de idade Iná Sobolewski teve o primeiro contato com o aborto. Foi quando sua mãe contou que havia tentado abortar o irmão mais novo de Iná, porque o marido havia perdido o emprego e essa foi a recomendação das mulheres da vizinhança. Iná, que hoje é a diretora da Brazil for Life International, lembra que o procedimento não deu certo e por milagre, meses depois sua mãe sentiu o bebê mexer na barriga.

Durante a vida, não foram raras as vezes em que Iná ouviu histórias de mães enfrentando uma gravidez indesejada ou que haviam abortado. Em 1993 ela então se muda para os Estados Unidos, ao se casar com um norte-americano, e chegando lá encontrou um grande número de centros de apoio a mães nessa situação. “Eram 3 mil, mais precisamente. Aquilo me encantou, porque no Brasil não tinha isso”, lembra.

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Iná passou então a ajudar como podia no atendimento de mães no Chicago Care, um desses centros de apoio, fazendo aconselhamento. Mas ela queria fazer mais pelo seu país e em 1999 começou a se organizar para implantar esses centros no Brasil. O primeiro nasceu no ano 2000, em Perdizes, São Paulo. Hoje já são 18 clínicas em todo o Brasil. Iná se mantém nos Estados Unidos com um escritório para poder auxiliar os trabalhos da organização por aqui.

No Brasil

Quem coordena as ações da Brazil for Life no Brasil é Vera Ribeiro. Ela explica que o trabalho feito nos Estados Unidos complementa a atuação por aqui e vice-versa. Nas cidades brasileiras onde estão os centros implantados pela organização são feitos treinamentos para voluntários que atuaram como conselheiros e palestrantes em escolas e igrejas. “Oferecemos material digital e apostilas com dinâmicas e experiências de capacitação para que mulheres atendam outras mulheres”, conta. “Além disso, no caso de palestras em escolas, capacitamos também adolescentes e jovens atenderem seus colegas”, completa.

Após a implantação e treinamento, os centros de apoio são conduzidos em geral, por igrejas. A Brazil for Life passa então a dar o suporte necessário para que o trabalho caminhe bem. “Os atendimentos são diários por telefone, internet e presenciais, com uma média de 18 atendimentos por dia”, explica Vera.

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Ainda, a Brazil for Life conta com núcleos de apoio que são ambientes voltados especialmente para a grávida, com berço, cadeira especial e quarto com brinquedos. Nesse espaço as mães recebem atendimento psicológico, quando necessário, mas, principalmente, elas são amparadas por conselheiras. “A gente também entrega um enxoval preparado pelas voluntárias e em alguns casos assistimos ela no pós-parto e no pós-aborto. Nesse último, principalmente, a culpa geralmente é muito grande”, comenta.

Toda ajuda disponível é convertida para alcançar mais grávidas. Assim, Vera conta que como em um trabalho de formiguinha elas chegaram aos 10 mil atendimentos em 2018 e na maioria das vezes, quando as mulheres perceberam que teriam quem as ajudasse, elas optaram pela vida.

 

Você pode conhecer mais sobre a Brazil for Life na página deles no Facebook, pelo site ou entrar em contato também pelos telefones: (31) 3347-3072 e (31) 99482-6082

 

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