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Temas morais têm peso muito mais significativo na opinião pública do que a grande mídia, alguns políticos e muitos juízes gostam de admitir, mas o mundo real está atropelando com frequência cada vez maior as narrativas que tentam negar esse fato. E não é só no Brasil.

Taiwan passou por eleições regionais neste sábado e o governo atual – que defende a independência de Taiwan da China – sofreu derrotas tão importantes que a presidente Tsai Ing-wen imediatamente demitiu-se da liderança de seu partido. Como o lado favorecido foi pró-China é natural que isso pareça ruim a qualquer conservador que saiba da notícia. Convém, no entanto, entender o contexto desse resultado e dar uma olhada no referendo que ocorreu junto da votação. Trata-se de casamento gay.

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A legislação de Taiwan – assim como a Constituição brasileira – define que casamento é a união entre um homem e uma mulher, contudo, em maio de 2017, uma decisão da Suprema Corte do país ordenou aos legisladores que alterassem o código civil, de modo a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Isso cheira a ativismo judicial para vocês? Pois o governo atual, vejam só, apoiou a decisão dos juízes. A resposta da sociedade chegou agora, nas urnas, e foi de completo rechaço à medida. Nada desgasta mais um governante do que a explícita falta de sintonia com os valores de seu povo.

Agora, analistas internacionais consideram que ainda é possível haver concessão de direitos civis aos homossexuais que queiram se unir perante a lei, mas não uma total – e insensata – equiparação entre esse tipo de união e o legítimo casamento, que só existe entre homem e mulher.

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