Divulgação/Unidad Provida
Divulgação/Unidad Provida| Foto:

Após o lamentável resultado da votação sobre a legalização do aborto na Argentina – que foi aprovado na Câmara dos Deputados, e agora segue para o Senado – o Unidad Provida, rede que reúne em torno de 130 organizações em defesa da vida e da família, e principal responsável pelas quatro gigantescas marchas pela vida que ocorreram ao longo desse ano no país, emitiu a nota abaixo, comentando o resultado a anunciando que manterá as movimentações.

(tradução livre)

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Não nos calaremos mais

Conhecido o resultado da voração na Câmara dos Deputados, as organizações da sociedade civil que integram a Unidad Provida querem dar a conhecer o seguinte comunicado oficial

 

Lamentamos profundamente que uma maioria circunstancial dos deputados eleitos pelo voto popular tenha se inclinado por uma alternativa injusta e contrária aos direitos humanos fundamentais, como é o atentado contra o direito à vida, ignorando a maioria dos argentinos. Esse lamentável resultado não nos amedronta. Nos fortalece.

Agradecemos de coração a coragem dos deputados que se alçaram em defesa das mulheres e das crianças por nascer, levantando a voz por aqueles a quem querem silenciar com sua eliminação sistêmica, os mais indefesos e inocentes, que são os argentinos que crescem no ventre de suas mães e pelos quais lutamos para dar uma Argentina mais digna e inclusiva.

Cremos que, depois de vários meses de debate, nossa Câmara dos Deputados não captou os sólidos fundamentos científicos, jurídicos, médicos e sociais que se expressaram durante os dois meses de audiências públicas, sustentando que o aborto é um fracasso social, que nunca será uma resposta humana e superadora aos muitos desafios que temos como sociedade.

Entendemos que este debate se deu em um contexto ofuscado por campanhas de desinformação, pressões políticas e interesses econômicos, que sem dúvida influenciaram sobre o voto dos nossos deputados. Foram anunciados números falsos, expressões e frases de efeito distantes da realidade e que nos impedem de enxergar a magnitude do que estamos discutindo, que não é mais que a institucionalização da violência contra a mulher. Em cada aborto morre um menino ou uma menina inocente e se destrói uma mulher.

Apesar do resultado de público conhecimento, mantemos a esperança, porque o povo argentino tomou consciência do que está em jogo e se expressou pública e maciçamente em 25 de março, 20 de maio, 10 de junho e na noite de 13 de junho, nas 23 províncias e na cidade de Buenos Aires, diante das portas do Congresso, com um claro clamor aos seus representantes: “Salvemos às duas vidas”. Como temos dito às vésperas da votação, não nos calaremos mais.

Só poderemos construir uma Argentina mais justa, fundados sobre o respeito inquebrantável do direito à vida de todos, protegendo especialmente aos mais vulneráveis. Estamos nos aproximando perigosamente de estabelecer uma política de descarte que permite a eliminação sistêmica de pessoas, sem solucionar a mortalidade materna, nem outros problemas profundos que afetam as mulheres.

Sem vida não há direitos, e sem direitos não há futuro. O Senado argentino tem a oportunidade de corrigir essa perigosa ameaça aos direitos humanos e de honrar a vontade do povo da Nação, propondo soluções superadoras que respeitem a vida de todos. Seguiremos ainda com mais entusiasmo, oferecendo aos nossos representantes todo nosso apoio. Por que temos a convicção de que nosso povo, em todo o país, ama e defende a vida de todos, sempre.

Ninguém deve morrer por aborto na Argentina.

Salvemos as duas vidas.

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