Em Israel, mulheres mais ricas e com mais estudo estão tendo mais filhos
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O mundo das ciências sociais está repleto de gente fanática por controle de natalidade, que considera a gravidez uma maldição, causa de atraso e que “destroi sonhos” nas palavras do obtuso ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Essa gente vai fazer de tudo para que um recente estudo seja abafado na internet ou tratado com estratégico desdém, pois expõe com rigor acadêmico a mentira na qual edificaram sua narrativa.

Trata-se de um artigo do Centro Taub para Estudos de Política Social, uma instituição de pesquisa com sede em Jerusalém. O texto destaca que a taxa de fertilidade média de Israel é de 3,1 filhos por mulher, muito mais alta do que a de qualquer outro membro da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Ao procurar uma explicação para o fenômeno, os pesquisadores se deparam com algumas surpresas.

Na contramão das tendências ocidentais, em Israel, tanto as mulheres que cursaram ensino superior quanto àquelas que não chegaram a concluir a educação básica têm, em média, o mesmo número de filhos. O índice também não sofre variação entre as que se consideram mais ou menos religiosas.

E tem mais. A fertilidade em Israel não chama a atenção apenas por ser alta. Os pesquisadores notaram que o número de nascimentos aumentou no país na mesma medida em que aumentou a idade em que as mulheres dão a luz. Comparando com dados internacionais, trata-se de um padrão único.

 

Demografia

As principais responsáveis pelo aumento na taxa de fertilidade foram mulheres judias não ortodoxas – aquelas que pertencem à etnia judaica, mantém algumas tradições, mas não se consideram assim tão praticantes dos antigos preceitos do judaísmo. Essas também são as que, em média, têm nível de instrução mais alto.

Segundo o estudo, a composição demográfica atual de Israel é de aproximadamente 74% de judeus, 21% de árabes e 5% de outros. A população árabe é predominantemente muçulmana (próximo de 17%) e os cristãos árabes constituem aproximadamente 2% da população. Entre os judeus, 25% é formada por judeus ortodoxos e a grande maioria, cerca de 75%, por não-ortodoxos, chamados de judeus seculares ou tradicionais.

Nas últimas duas décadas, os judeus orotodoxos mantiveram uma taxa de natalidade alta, a de sete filhos por família. A fertilidade dos árabes, que era ainda maior do que a dos judeus ortodoxos, caiu e hoje aproxima-se dos índices típicos do ocidente. A alta ocorreu entre os judeus seculares, grupo no qual a taxa de fertilidade chegou aos 2,2 filhos por família. Trata-se do índice mais alto de todos os países considerados desenvolvidos.

 

Salário das mulheres

Querem mais surpresa? Entre os membros OCDE, Israel é o segundo país em que, em média, as mulheres ganham os salários mais altos – perde apenas para a Islândia. Portanto, estamos falando de um país rico, em que as mulheres trabalham, ganham bem, são bem educadas e estão optando livremente por ter mais filhos.

Interessados por políticas de valorização da família, sejam políticos ou estudiosos, deviam aproveitar o momento de aproximação entre os governos do Brasil e de Israel para se debruçar sobre esses dados e bater um papo com especialistas no assunto. Há séculos a sabedoria popular brasileira já entendeu que filhos são uma bênção. Falta agora reconhecer que famílias numerosas, quando bem estruturadas, também são causa de prosperidade para qualquer país.

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