John Bell Edwards, em campanha. (foto: Wikimedia Commons)
John Bell Edwards, em campanha. (foto: Wikimedia Commons)| Foto:

Nos Estados Unidos, à medida que o Partido Democrata – ao qual pertence Hillary Clinton – se torna mais radical a respeito do aborto, democratas pró-vida têm levantado a voz. A plataforma oficial do partido para o ano de 2016 reivindica o rechaço da Emenda Hyde, uma provisão legislativa que impede o uso de fundos federais para o financiamento do aborto, exceto em caso de risco de vida para a mãe ou em gestações resultantes de estupro ou incesto. Liderados pelo coletivo Democrats for Life of America, os políticos pró-vida do partido pedem espaço nas discussões, ainda que sejam em boa parte evitados pelos líderes democratas.

O governador do estado de Louisiana, John Bel Edwards, foi premiado com o Governor Casey Whole Life Leadership Award pelo Democrats for Life of America no fim de julho, e na ocasião falou sobre os desafios de ser um democrata pró-vida. Edwards chegou a assinar diversas medidas pró-vida, retirando o financiamento de clínicas de aborto no seu estado, estendendo o tempo de espera para o aborto de um a três dias e exigindo dos médicos especialização em obstetrícia, ginecologia ou medicina da família para realizar o procedimento. O governador descreve a si mesmo como um “democrata com orgulho”, mas diz que ser democrata e pró-vida é “um desafio maior do que deveria ser”.

“Vai ser cada vez mais difícil navegar essas águas se o partido não for mais moderado nesse assunto”, diz ele. Edwards quer que o Partido Democrata entenda que há mais democratas pró-vida do que se pensa. Já os membros pró-vida do partido não podem se calar. “Às vezes é mais fácil ficar calado, mas isso não ajuda em nada”, diz ele.

As lideranças do partido, ao continuar lutando contra medidas como regulamentações de segurança para clínicas de aborto e a proibição de financiamento público, estão voltando as costas não só para os democratas pró-vida, como para norte-americanos de diversas orientações políticas. A população dos Estados Unidos, em sua grande maioria, apoia uma regulamentação mais exigente para clínicas de aborto. Mesmo a maioria dos norte-americanos que se descrevem “pró-escolha” apoiam essas medidas.

As convenções do Partido Democrata falaram alto e claro sobre a sua posição a respeito do aborto, mas a questão permanece: os membros do partido vão ouvir? Até lá, democratas como Edwards continuarão a alçar a voz para ter seu espaço no partido.

 

Colaborou: Felipe Koller

Com informações de Live Action News.

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