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Em meio à pandemia do novo coronavírus, como continuar protegendo e promovendo as crianças e adolescentes que vivem em casas-lares? Os servidores que trabalham no Abrigo Municipal Casa dos Meninos, em Florianópolis, não tiveram dúvidas: a solução era levá-los para as suas próprias casas.

Desde quarta-feira (18), com a autorização do Ministério Público e do Juizado de Infância e Juventude da capital catarinense, os sete meninos de 12 a 17 anos acolhidos pela instituição estão morando com alguns dos educadores sociais que já faziam parte do seu dia a dia. Maria Aparecida de Souza Martinez Gonzalez acolheu M.A.L.S.*, cuja situação tem um ponto delicado a mais: ele completa 18 anos nesta sexta (27) e está preocupado com o que vai acontecer a partir dali.

Aparecida garantiu que ele não se preocupasse. “O adolescente só sai do abrigo quando o futuro dele estiver encaminhado, com um lugar para morar e um emprego”, explica a educadora social ao Sempre Família. Ela não hesitou em acolher em sua casa um dos meninos quando a coordenadora da casa-lar apresentou a ideia.

A família embarcou junto na proposta. “Eu tenho gêmeos de 18 anos. Eles são as pessoas mais queridas do mundo, mas vou ser sincera: a princípio houve um certo ciúme. Mas logo aceitaram numa boa. Eles jogam juntos, conversam. O adolescente faz parte de nossa família”, conta Aparecida.

“Para nós já era uma rotina fazer parte da vida deles. Tratamos eles como se fossem da família. Não sinto diferença”, diz. “Nosso dia a dia com eles já era assim. Eles têm vontade, como nós e nossos filhos, de sair, fazer um lanche. A gente fazia isso com eles. Procuramos dar o melhor para eles no tempo em que ficamos com eles. Hoje somos a família que eles têm”.

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*O nome do adolescente foi preservado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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