O projeto adpata triciclos e bicicletas para permitir que pessoas com mobilidade reduzida participem de corridas de rua
O projeto adapta triciclos e bicicletas para permitir que pessoas com mobilidade reduzida participem de corridas de rua.| Foto: Divulgação

Um pedido despretensioso de uma cadeirante mudou para sempre a vida da corredora Cristiane Rocha, moradora de Hortolândia (SP). Ela queria participar de uma corrida de rua e, mesmo sem ter conhecimento na área, Cristiane se dispôs a ajudá-la. “Duas semanas depois eu aceitei, mesmo desempregada. E assim começamos um projeto do zero, sem nenhuma renda, que hoje conta com muitos voluntários”, diz a hoje presidente do Instituto Pernas Voluntárias.

O projeto social começou no interior do estado de São Paulo para atender pessoas com mobilidade reduzida e proporcionar a possibilidade de participarem de atividades esportivas. “A gente promove a corrida de rua uma vez por ano na cidade. Uma corrida oficial de aniversário do projeto. Aí vêm corredores, não-corredores, que participam para ajudar a instituição”, explica Cristiane. Muitas vezes a equipe do projeto é convidada a participar de eventos promovidos por outras instituições e entidades.

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Equipamentos adaptados

Nas provas são utilizados triciclos, bicicletas, skates adaptados que permitem que pessoas com deficiência possam participar de corridas de rua e de provas ao ar livre.

O problema é que tudo custa muito caro. Cada vez que os equipamentos são utilizados é necessário fazer a manutenção de tudo. A fabricação também não é barata, de acordo com Cristiane. Por isso o principal é conseguir apoio de parceiros para adaptar os equipamentos e mantê-los funcionando adequadamente, assim como a força de voluntários, tão necessários nas provas de corrida.

Força dos voluntários

“Para cada triciclo precisamos de cinco voluntários. E além dessas pessoas, precisamos de batedores, pessoas que vão na frente puxando a corrida e pessoas que vão no meio e atrás”, destaca Cristiane. Isso tudo para garantir a segurança dos participantes.

Ela explica, ainda, que aliar essa dedicação à rotina de casa é um grande desafio. Cristiane trabalha, cuida da casa, do marido, tem um filho de 3 anos. Quando acaba o expediente e aos fins de semana, se dedica ao projeto. O que ela recebe em troca, porém, recompensa todo o esforço.
“Mudou completamente meu modo de pensar e agir. Eu antes do projeto e durante o projeto sou totalmente diferente. Financeiramente eu não ganho nada, mas o retorno que recebo de cada sorriso, cada alegria, cada abraço é melhor do que dinheiro”, finaliza.

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