Foto: Arquivo pessoal/Paulo Deodato
Foto: Arquivo pessoal/Paulo Deodato | Foto:

Enquanto acompanhava o filho de três anos no parquinho localizado em uma praça perto de sua casa, em Londrina, o consultor de vendas Paulo Deodato percebeu que um garoto cadeirante se alegrava ao observar a brincadeira no balanço, à distância. “O menino ficou olhando meu filho e ria quando ele gritava ao se balançar. Aquele garoto realmente se divertia com a diversão do meu filho e aquilo mexeu comigo”, relata o londrinense de 33 anos, que decidiu fazer uma “vaquinha” com moradores da região e amigos para instalar um balanço adaptado para cadeirantes naquele local.

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Na mesma noite, ele começou a pesquisar modelos disponíveis, separou algumas opções e encaminhou as fotos para um serralheiro avaliar e preparar um orçamento. Além disso, iniciou a campanha para conseguir o valor. “Como algumas pessoas doaram material e outras fizeram os produtos a preço de custo, conseguimos finalizar o balanço por R$ 5.400”.

Uma rampa de acesso também foi construída. Foto: Arquivo pessoal/Paulo Deodato Muitas crianças estão usando o brinquedo. Foto: Arquivo pessoal/Paulo Deodato

Deodato também pediu a um colega arquiteto que preparasse um projeto para solicitar a instalação do equipamento no parquinho da Praça Nishinomiya — próximo ao aeroporto de Londrina. O material foi encaminhado à Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização da cidade (CMTU) e, em dois meses, a colocação do brinquedo foi liberada pela prefeitura.

Além disso, o londrinense conseguiu permissão para construir uma rampa de acesso até o balanço, no meio do gramado. “Nós até poderíamos instalá-lo em uma área de concreto que existe ali, mas ficaria longe das outras crianças e não teria inclusão”, explica o consultor de vendas, que participou da inauguração do equipamento dia 1º de junho e agora comemora os resultados.

Uma rampa de acesso também foi construída. Foto: Arquivo pessoal/Paulo Deodato Uma rampa de acesso foi construída. Foto: Arquivo pessoal/Paulo Deodato

“Já tem muitas crianças usando e eu acho que o valor do equipamento foi pequeno comparado à felicidade delas”, garante. “Só não encontrei ainda o menino que ficou olhando meu filho brincar aquele dia, mas espero que ele também esteja aproveitando porque foi o motivo para tudo isso”, completa.

Falta conscientização

O único problema, segundo ele, é que meninos e meninas que não usam cadeira de rodas também têm brincado no balanço e feito mau uso dele. “Os pais colocam muitas crianças em cima e até eles sobem, causando desgaste precoce”, alerta.

Para evitar que o comportamento continue, uma placa foi inserida no local para informar que o equipamento é exclusivo para cadeirantes e adesivos informativos também foram aplicados no balanço.

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