Imagem: Reprodução/Vídeo/CBS
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Depois de sofrer inúmeras agressões em casa a ponto de ser internado duas vezes com lesões no cérebro, ser retirado da família, colocado em um abrigo e passar mais de três anos esperando o dia em que encontraria um lar, o norte-americano Robbie Gay decidiu comemorar sua adoção ajudando cães abandonados. "Eu sei como é não ser amado ou cuidado e não quero que nenhum animal meu se sinta assim", afirmou o garoto à CBN News.

Além disso, como ele via diversos casais escolhendo apenas crianças mais novas na casa de acolhimento em que morava na cidade de Palm Coast, Flórida, o menino de 8 anos percebeu como era difícil para alguém mais velho ser adotado e entendeu que o mesmo acontecia com animais. "As pessoas só querem bebês e filhotes", disse Robbie, ao explicar o motivo que o levou a ajudar cachorros abandonados em idade avançada. "Não gosto de vê-los sem uma família", disse à Fox.

Por isso, nos últimos dois anos ele adotou seis cães idosos e, com o apoio de sua nova família, ele ainda se tornou visitante assíduo da Sociedade Humanitária do Condado de Plagler para brincar e dar atenção aos amigos de quatro patas protegidos ali. “Ele é o garoto mais esperançoso, otimista e genuinamente carinhoso que não tem absolutamente nenhuma razão para ser assim", garantiu sua mãe adotiva, Maria Henry Gay.

“Ele é o garoto mais esperançoso, otimista e genuinamente carinhoso que não tem absolutamente nenhuma razão para ser assim"

Só que, ainda que o trabalho do pequeno tenha começado em 2018, ele se tornou conhecido apenas no mês passado, depois que Maria fez uma postagem emocionante em suas redes sociais. Na publicação, ela apresentou uma foto de Robbie chorando inconsolavelmente ao segurar um de seus cães. A cadelinha, chamada de Buffy, foi diagnosticada com grave insuficiência nos rins e precisou receber uma injeção letal para interromper seu sofrimento. "Meu filho disse que queria segurá-la quando ela fosse para o céu. Claro que lhe dei essa honra", escreveu na publicação.

O que ela não imaginava, no entanto, era a reação do garoto ao ver o animal dar seu último suspiro, pois Robbie nunca havia demonstrado tristeza desde o processo de adoção. "Para superar o que passou, ele teve que endurecer", afirmou em entrevista à Fox, enquanto contava que o filho escondia suas emoções na tentativa de superar traumas do passado. Por isso, vê-lo "deixar escapar" o que sentia era algo especial: "foi a primeira vez que o vi mostrar pesar".

Em poucas horas, a imagem foi compartilhada mais de 190 mil vezes e recebeu mensagens de apoio de milhares de pessoas dentro e fora dos Estados Unidos. Além disso, muitos voluntários ofereceram doações para o projeto e se colocaram à disposição para adotar cães abandonados. "Fomos inundados por chamadas e e-mails de pessoas que querem promover essa missão", escreveu Maria em sua página no Facebook. Então, "desejamos que essas doações sejam feitas ao nosso abrigo local ou ao de sua cidade. Mas, por favor, faça isso em honra do Robbie", finalizou.

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