Meyer e sua mãe começaram a desenhar com post-its na janela, sem imaginar que desconhecidos de um prédio vizinho também entrariam na brincadeira.| Foto: Reprodução/Facebook/Prayers for Meyer
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Uma amizade inusitada por meio de post-its emocionou os Estados Unidos nas últimas semanas. “Nós os chamamos de amigos misteriosos”, relatou Liz Mixdorf ao Good Morning America. Mãe do garoto Meyer, de 5 anos, ela viu como o filho estava triste após cinco meses internado para tratamento de um tumor no cérebro. Por isso, decidiu usar papeis autoadesivos para desenhar um rostinho na janela do quarto do hospital. “Eu queria apenas entretê-lo e mantê-lo animado”, contou.

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Só que ela não imaginava que desconhecidos de um prédio vizinho também entrariam na brincadeira e transformariam completamente as semanas da família. “Foi muito divertido!”, afirma a norte-americana, ao relatar que a imagem preparada com simples notas adesivas foi respondida com uma colorida carinha piscando.

A partir desse retorno, a família de Meyer decidiu continuar a comunicação via post-its e preparou um desenho mais elaborado: o Mário Bros, da Nintendo, que foi respondido rapidamente com a flor e o cogumelo tradicionais do jogo de videogame.

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O rostinho preparado com notas adesivas foi respondido com uma colorida carinha piscando, e a brincadeira continuou com desenhos como Mario Bros, da Nintendo. Fotos: Facebook/Prayers for Meyer

De acordo com Liz, a brincadeira começou no último mês de maio e durou quase três meses, alegrando Meyer com diversos designs de personagens como Angry Birds, Tartarugas Ninjas e Minions. "Os dias realmente bons para ele eram aqueles em que via os amigos misteriosos mudando os desenhos e acenando", contou a mãe, ao citar que o filho passava horas no sofá ao lado da janela para observar as imagens de post-its. "Ele morava naquele sofá".

Então, no dia 13 de julho, quando recebeu alta, o garoto e a mãe foram até a recepção do prédio vizinho e pediram que o segurança os ajudasse a encontrar os responsáveis por aqueles desenhos. “Eu disse: 'Tenho uma história estranha'", lembrou Liz, acrescentando que, no momento em que mostrou as fotos ao guarda, ela e Meyer foram levados até a funcionária Johnna Schindlbeck. “Eu soube que era ele assim que o vi, e comecei a chorar", contou Johnna à Fox News. "Acho que Liz e eu só choramos", recordou.

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Liz e o pequeno Meyer conheceram Johnna Schindlbeck em um encontro emocionante, no dia 13 de julho. Fotos: Facebook/Prayers for Meyer

Segundo ela, saber que os desenhos que fazia alegraram uma criança em tratamento contra o câncer foi muito significativo, pois seus dois irmãos mais velhos morreram com essa doença. Então, "foi uma conexão pessoal para mim", disse a colaboradora do Centro Médico Truman, ao relatar que pediu ajuda a vários colegas durante a execução dos desenhos e até solicitou cores específicas de post-its pela internet para concluir os designs elaborados.

No entanto, mesmo com tanto trabalho para manter a brincadeira por três meses, ela se esforçou para alegrar um desconhecido que contava com aquela interação. Acho que “foi preciso apenas um coração bondoso e alguém prestando atenção no que outra pessoa poderia precisar”, afirmou.

E Liz Mixdorf garante que essa atitude realmente mudou completamente os dias de seu filho. Por isso, ela incentiva todas as pessoas a se solidarizarem quando perceberem que alguém está tendo um dia difícil. "Você não conhece a história de todo mundo", então é necessário levar isso em conta. “A gentileza realmente vai longe", garantiu, agradecida.