Arquivo pessoal
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O catarinense José Carlos Pacheco, de 72 anos, foi separado da irmã Alvina Cardoso, de 78, aos três anos de idade.  Mas quase sete décadas depois, a vida uniu os dois novamente em um reencontro emocionante que aconteceu em Jacinto Machado, no sul de Santa Catarina, em 17 de agosto – o dia do aniversário de José. “Fui recebido por minha irmã com muita festa. Esse é o melhor presente que podia receber em toda minha vida”, diz o aposentado ao Sempre Família.

Isso só foi possível com a intervenção da filha da dona Alvina, Maria de Lourdes, que quis realizar um sonho de infância da mãe. Ela fez uma publicação em sua página do Facebook contando a história de sua mãe e a mensagem foi parar em uma cidade a 200 km de Sinop, no Mato Grosso, onde seu José mora.

Elas moraram no mesmo bairro e estudaram na mesma escola sem saber que eram irmãs

Quase 3 mil km separavam os irmãos, mas depois que recebeu a boa notícia, o idoso não pensou duas vezes e viajou 56 horas para conhecer Alvina. “Quando cheguei na cidade, fui surpreendido com a recepção calorosa de uma grande família. Conheci mais de 40 parentes que moram no Sul”, conta emocionado.

Os dois passaram duas semanas juntos conhecendo mais da história um do outro. José soube então que Alvina foi adotada por um casal catarinense depois que a mãe deles morreu. “Na época meu pai deixou ela em Santa Catarina e depois fomos para o Paraná”, recorda. Algum tempo depois o pai das crianças virou andarilho e também abandonou o menino que, aos oito anos, fugiu e foi morar em Mato Grosso.

O sonho de uma vida

Os dias em que José ficou hospedado na casa de Alvina foram de muito chamego. “Ela é maravilhosa, me tratou com muito amor. Me disseram que ela lembra muito nossa mãe”, observa José. A anfitriã, é claro, não largou um minuto sequer dele e fez questão de lhe apresentar toda a família. “A minha sobrinha contou que ela me procurava há 40 anos e quando a vi pela primeira vez quis aproveitar todos os momentos como se fosse a última”, afirma.

Segundo a filha do aposentado, Elisandra Pacheco, ele ficou muito ansioso depois que recebeu a notícia e logo comprou a passagem. “Isso significava muito para ele. Não sabíamos nem por onde procurar. Era realmente um grande sonho do meu pai”, destaca. “Toda vez que ele tocava no assunto sobre a família biológica lembrava-se da minha tia”, recorda Elisandra.

“Esperei por esse momento por muitos anos. Ela é muito especial para mim”

Alvina sempre compartilhou do mesmo sonho do irmão. E apesar da idade, eles nunca perderam as esperanças de um dia se verem novamente. A internet quebrou mais uma vez barreiras geográficas e foi graças a uma simples publicação que esse reencontro aconteceu. “Esperei por esse momento por muitos anos. Ela é muito especial para mim. Obrigado a todos que divulgaram e contribuíram para esse momento acontecer”, agradece o aposentado.

Agora o seu José já está de volta à sua cidade e garante que, mesmo morando em cidades distantes, eles vão manter contato. “Estou muito feliz e satisfeito em ter conhecido os filhos, netos e bisnetos dela. Agora, aguardo uma visita dela em minha casa para que conheça minha família inteira”, sugere José.

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