Leandra teve uma depressão profunda e agora, com a ajuda dos ex-colegas, está se recuperando.
Leandra teve uma depressão profunda e agora, com a ajuda dos ex-colegas, está se recuperando.| Foto: Arquivo pessoal

Foi no grupo do WhatsApp, parado há um bom tempo, que veio o recado: “Pessoal, vi uma postagem nas redes sociais com um pedido de ajuda. Era da Leandra, que estudou com a gente. Ela está numa situação bem difícil”.

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O aviso partiu da analista de experiência com o cliente, Simone Reboredo, que sentiu que precisava fazer algo pela ex-colega de faculdade. “Eu estava zapeando o Facebook e fui surpreendida pelo post dela. Imediatamente decidi compartilhar”, conta ao Sempre Família.  

A informação correu os 28 participantes do grupo e, em questão de minutos, uma corrente do bem em prol de Leandra se formou. “Entre centenas de mensagens trocadas, elaboramos as iniciativas e foram tantas ideias que foi preciso organizar uma lista de ações e responsabilidades, transformada depois num plano de ações”, afirma a relações-públicas Muriel de Paula, outra amiga envolvida na causa.

Ela, aliás, criou e cuida do perfil da campanha no Instagram, que tem o objetivo de dar mais visibilidade à história da Leandra, às iniciativas para arrecadação de recursos e os avanços que o grupo está conseguindo. “Nossa meta imediata foi conseguir recursos para o tratamento psicológico e de fisioterapia enquanto íamos conseguindo arrecadar doações para ela ter um lugar seguro para morar”, diz.

Recomeço

Os ex-colegas cursaram juntos Comunicação Social, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), na turma de 2003, e haviam perdido o contato com Leandra. “A depressão profunda me causou uma gastrite grave. Eu parei de me alimentar porque queria morrer, emagreci muito e chegou a um ponto em que eu me levantava da cama e caia. Não conseguia me sustentar de pé, nem andar. Estou há seis meses em fisioterapia de reabilitação e agora consigo dar alguns passos com ajuda”, afirma a jornalista.

Uma da metas – que era conseguir acesso a um tratamento psicológico – foi alcançada por outra aluna da turma. Agora, o foco é juntar dinheiro para finalizar a casa deixada pelos pais de Leandra. “Calculamos a meta de pelo menos R$30 mil e por isso temos algumas frentes: criamos uma vaquinha virtual, estimulamos os depósitos direto na conta da Leandra e também estamos reorganizando uma rifa”, explica Muriel.

Sentimento

Além de promover a solidariedade, o reencontro dos amigos fez com que lembrassem dos bons momentos do tempo de faculdade e refizessem os laços. Para Leandra, a união representa força. “Isso foi a minha mola no fundo do poço. Eu fiquei muito surpresa e não imaginava, porque a maioria da turma eu não vejo já faz muitos anos. Eu comecei a melhorar e evoluir no tratamento”, descreve.

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