Foram 66 anos de espera até reencontrar o filho que havia colocado, ainda recém-nascido, para adoção contra a sua vontade.
Foram 66 anos de espera até reencontrar o filho que havia colocado, ainda recém-nascido, para adoção contra a sua vontade.| Foto: Reprodução Facebook

Dizem que uma mãe nunca desiste de seu filho. E ninguém duvida disso ao conhecer a história da britânica Issy Carr, de 86 anos. Foram 66 anos de espera até reencontrar o filho que havia colocado, ainda recém-nascido, para adoção contra a sua vontade. "Ele foi levado às pressas e nunca mais o vi", contou a idosa em entrevista ao Metro.  

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A triste decisão aconteceu em 1955 por insistência dos pais de Issy, que na época tinha apenas 20 anos. "Eu o amei imediatamente e chamei-o de George, mas a enfermeira Eccles, uma enfermeira adorável, contou que meus pais disseram que eu não deveria vê-lo ou abraçá-lo", lembra Issy. "Minha mãe me disse que eu logo o esqueceria, mas isso nunca aconteceu".  

Daquele dia em diante, Issy, que mora em Bentham, North Yorkshire, continuou sua vida dedicando-se ao trabalho na fazenda de seus pais, mas não deixava de pensar em seu filho por sequer um dia. Em 1962, conheceu John Makinson Carr, rapaz com quem se casou. Os dois não tiveram filhos, mas viveram felizes até a morte de John em 1991. Depois disso, a jovem britânica voltou a se sentir inquieta. "Estava faltando uma grande parte da minha vida", afirmou.

Boas notícias 

Mas foi apenas no Natal do ano de 2018 que alguém lhe sugeriu começar a procurar por seu filho de uma maneira concreta, por meio do rastreamento de ancestrais. Issy fez os testes de DNA e desde então esperava ansiosa por boas notícias. E agora, em 2021, elas enfim chegaram. Suas amostras combinaram com as de uma mulher chamada Kym, que mora em Perth, na Austrália, e que procurava por seu pai.  

Os exames apontaram que Kym era neta de Issy, mas a jovem australiana também nunca havia conhecido o pai. Com a ajuda de familiares, neta e avó decidiram investir nas buscas pelas redes sociais com as poucas informações que tinham. Até que em maio, finalmente encontraram um endereço na Austrália que, provavelmente, pertencia a George. Kym não hesitou em, literalmente, bater em sua porta dizendo que era sua filha.

Reencontros 

Após o tão esperado reencontro de pai e filha, foi a vez de Issy também conhecer o filho que havia visto e pegado no colo uma única vez. Por causa das restrições da pandemia, o reencontro emocionante dos dois aconteceu em uma chamada de vídeo.  

De lá para cá, os três estão recuperando o tempo perdido e se conhecendo mais, ainda a distância. Mas eles planejam encontrar-se pessoalmente assim que as coisas voltem ao normal. "Descobri que temos muito em comum e um senso de humor semelhante", contou Issy.  

Ela também descobriu que seu filho passou a infância em Kirkby Lonsdale, no Reino Unido, a apenas 16 quilômetros de distância de sua cidade. No entanto, mudou-se para a Austrália aos 15 anos. Segundo Kym, George ficou extremamente feliz por ter encontrado a mãe e descoberto que tem uma "boa família".  

"Eu estava muito animada e nervosa para conhecer meu pai. E ajudar minha avó Issy a encontrar seu filho foi a melhor sensação de todos os tempos", afirma a australiana. "Meu pai e eu mal podemos esperar para viajar para a Inglaterra quando as restrições acabarem".

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