12 histórias que marcaram o Sempre Família em 2019
| Foto: Sempre Família

É comum aproveitar os últimos dias do ano para refletir a respeito do que aconteceu nos 12 meses que passaram e o que pode ser feito diferente a partir de agora. Então, que tal lembrarmos das histórias que nos inspiraram em 2019 e colocar alguma dessas ações altruístas em prática no ano novo que está chegando? Para ajudar, o Sempre Família selecionou 12 reportagens que emocionaram nossos leitores e que, com certeza, poderão inspirar boas atitudes em 2020.

Idoso bate em moto e é consolado pelo motociclista ao sair do carro chorando

A cena emocionante registrada pelo empresário Fabiano Ladislau no Centro de Manaus, no Amazonas, comoveu milhares de pessoas e atravessou o Brasil no mês de setembro. Enquanto voltava do trabalho, o empresário viu que um idoso havia se envolvido em um acidente de trânsito e imaginou que o motoqueiro fosse brigar devido à colisão. “O rapaz da moto ainda estava no chão e o senhor saiu do carro agoniado com as mãos na cabeça. Fiquei bem preocupado com o que poderia acontecer”, relatou.

No entanto, a imagem que filmou com seu celular nos momentos seguintes foi diferente de tudo o que já havia presenciado. “O motociclista levantou e simplesmente abraçou o idoso. Aí o senhor começou a pedir perdão e a chorar”, conta Fabiano, que também viu o rapaz beijar o homem, enquanto dizia que estava tudo bem porque não havia se machucado. Com certeza, uma atitude louvável!

Casal capixaba festeja casamento dando jantar para 160 pessoas carentes

Casal do Espírito Santo convidou para o casamento 160 pessoas carentes
| PhotoLife/Arquivo pessoal

Outra situação que emocionou o país foi o casamento dos capixabas Ana Paula Meriguete e Victor Ribeiro. Envolvidos em diversas causas sociais, o casal de Guarapari, no Espírito Santo, decidiu convidar 160 pessoas carentes para participarem de sua festa de casamento no dia 16 de fevereiro, após dois anos e meio de namoro.

Diversos amigos ajudaram na organização do jantar em um centro social da cidade e os noivos se surpreenderam com o resultado. "As crianças e os pais delas vinham nos abraçar e dar os parabéns”, recorda Victor. Além disso, “quando terminou o jantar, a gente olhou um para o outro e foi uma sensação de realização. O sentimento é de gratidão”.

Funcionário de restaurante estava sozinho para atender e os clientes foram para o balcão ajudar

Funcionário de restaurante nos Estados Unidos estava sozinho para atender e os clientes foram para o balcão ajudar
| Reprodução/Facebook

A ação dos clientes de um restaurante na cidade de Birmingham, nos Estados Unidos, também surpreendeu o mundo no dia 3 de novembro. O estabelecimento estava lotado e apenas um funcionário anotava os pedidos, preparava lanches e lavava a louça, já que os outros colaboradores daquele horário não haviam aparecido para trabalhar.

Cerca de 30 pessoas aguardavam na fila e o homem parecia muito assustado. Por isso, um cliente de camisa azul colocou tranquilamente um avental e começou a limpar mesas, lavar a louça e empilhar pratos. Logo depois, uma mulher de vestido e salto alto se levantou, foi para trás do balcão e começou a fazer café. Outro cliente de camisa vermelha também apareceu para ajudar, e a equipe especial atendeu todos os clientes ao mesmo tempo em que dava uma grande lição de solidariedade para cada um de nós.

Mulher doa rim ao ex-marido: “não estava preparada para meus filhos perderem o pai”

Kelly passou por uma complexa cirurgia para doar um rim a Dan Pyatt, seu ex-marido e pai de seus dois filhos
| Reprodução/Facebook

E você colocaria sua vida em risco para salvar seu ex-marido ou ex-mulher? A britânica Kelly Hope fez isso ao realizar uma complexa cirurgia para doar um rim a Dan Pyatt, pai de seus dois filhos. "Os exames mostraram que havia risco no transplante por conta da questão sanguínea, mas que o tecido dos dois era compatível”, disse Kelly em entrevista ao jornal Mirror.

Ainda que soubesse do perigo que correria durante o procedimento, ela aceitou realizá-lo e deu um grande exemplo de amor. “Eu estava doando um rim ao pai dos meus filhos e ao melhor amigo que tenho desde os 11 anos. Podemos não estar casados agora, mas ainda somos uma família”, afirmou Kelly, que salvou o ex-marido e não teve complicações após a cirurgia. “Foi realmente um ato altruísta colocar sua própria vida em risco para ajudar alguém. Kelly sempre será minha heroína”, contou Dan, orgulhoso. Acesse a história em

Anjo da guarda: rapaz conforta idosa de 96 anos assustada em avião

Outra história inspiradora que emocionou nossos leitores foi relatada pela norte-americana Megan Ashley em suas redes sociais. Depois de despachar as malas no aeroporto de San Diego, nos Estados Unidos, aguardar na fila para embarque e se acomodar em sua poltrona dentro da aeronave, ela percebeu algo incomum nos bancos ao seu lado.

Segundo ela, uma mulher de 96 anos estava com medo de viajar de avião e segurou a mão de um desconhecido para ficar mais calma. “Ela pediu a mão desse homem durante a decolagem e depois o abraçou novamente ao passar por turbulência”, escreveu Megan. Sem ficar desconfortável com a atitude da idosa, o rapaz deixou que a mulher segurasse nele, explicou com carinho tudo o que ocorria durante a viagem e auxiliou a mulher a levantar-se para ir ao banheiro e sair do avião. “Aquilo me fez sorrir durante todo o voo”, afirmou a jovem na postagem, que recebeu mais de 335 mil curtidas e 84 mil compartilhamentos.

Enfermeira adota idosa com câncer abandonada pela família: "ela é minha menina"

Verônica adotou Maria quando a encontrou abandonada suja e debilitada em casa, e diagnosticada com câncer no tórax
| Arquivo pessoal/Verônica Grossi

A história dessas duas Marias mostra como os laços de sangue nem sempre significam ter um suporte para a vida toda. Maria Verônica Grossi, de 34 anos é enfermeira e conheceu Maria Martins Ferreira, de 59, durante uma visita na zona rural de Carangola, município que fica a 349 km de Belo Horizonte. Como as casas na região ficam bastante afastadas da unidade de saúde, aos idosos é necessário o atendimento domiciliar.

Ao se conhecerem, logo ficaram amigas. E foi essa amizade que salvou a vida da dona Maria, quando ela foi abandonada por sua família. Quando Verônica se mudou para perto da casa de Maria ela começou a perceber o descaso da filha da idosa. A jovem não deixava que a mãe fosse a consultas médicas e a senhora ainda era agredida física e verbalmente por ela e seu marido. Até que, em certo dia, Verônica e sua mãe encontram Maria abandonada em casa, suja e debilitada, e a levaram ao hospital. Lá ela soube que estava com um câncer no tórax. Foi aí que Verônica decidiu adotar a amiga, já que a filha dela assinou uma procuração permitindo que ela fosse a responsável legal.

“Ser médico é isso”, diz pediatra de 92 anos que atende crianças de graça

Ivan Fontoura, de 92 anos, atende crianças de baixa renda em Pontal do Paraná, no litoral do estado.
| Kelly Frizzo/BandNews Curitiba

Outra história inspiradora é a do pediatra paranaense pediatra Ivan Fontoura. Com 92 anos, várias dores musculares e dificuldades de audição, ele continua atendendo crianças de baixa renda em Pontal do Paraná, no litoral do estado, e não cobra nada pelo trabalho. "A gente fica contente ao ajudar essas pessoas em uma situação difícil e mais ainda quando as coisas dão certo”, afirma.

Em entrevista ao Sempre Família, Fontoura contou que está aposentado desde 2005, quando encerrou suas atividades como diretor do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, mas sentiu saudades do trabalho seis meses depois. Por isso, ele decidiu voltar às atividades de maneira voluntária e garante que foi sua melhor escolha. “Já ganhei o suficiente em termos financeiros, então hoje eu ganho apenas satisfação. Para mim, ser médico é isso”, finaliza o idoso.

Vendedor de sucata reforma cadeiras de roda para doação: “meu sonho é encontrar mais pessoas que ajudem”

O mineiro Verotides Jorge Teixeira pega cadeiras de rodas em ferros-velho, reforma e doa a quem precisa
| Arquivo pessoal/Verotides Jorge Teixeira

A falta de recursos financeiros também não é motivo para deixar de fazer o bem, e o vendedor de sucata Verotides Jorge Teixeira provou isso em 2019. Depois de ver um menino se arrastando pelo chão com as pernas enroladas em um cobertor por não ter uma cadeira de rodas, o mineiro reuniu suas economias para comprar o equipamento que o garoto precisava.

Além disso, lembrou de algumas cadeiras de locomoção destruídas que vinham no meio do ferro-velho e decidiu reformá-las de graça. “Passo ‘apuro’ financeiro e estou com duas prestações atrasadas do meu caminhão. Só que não consigo ver uma pessoa precisando e não fazer nada”, revelou o morador de Conselheiro Lafaiete, que começou a receber apoio de alguns voluntários e espera aumentar a produção da “oficina social” em breve.

Após receber transplante de medula, rapaz compra casa e salão de beleza para doadora

Mineiro consegue transplante de medula e doa dinheiro a ela para construir um salão de beleza e casa nova
| Arquivo pessoal/Gabriel Massote

E quem lembra da história do advogado Gabriel Massote, de 35 anos? Morador de Uberlândia, em Minas Gerais, ele descobriu que tinha um câncer agressivo no sangue e que precisaria de um transplante de medula para sobreviver, ou seja, sua chance era aproximadamente uma em 100 mil. “Vivi momentos bem difíceis e fiquei quase um ano sem sair do hospital”, recorda o uberlandense, que não conseguiu conter a felicidade ao descobrir que havia uma pessoa em todo o mundo capaz de realizar o transplante: a cabelereira Elza dos Santos.

A mulher morava de favor atrás de uma igreja no interior de Rondônia, estava desempregada e precisava de ajuda. Por isso, com imensa gratidão, o rapaz decidiu participar do programa “Caldeirão do Huck” em busca de recursos para mudar a vida de Elza e ainda criou uma campanha na internet para arrecadar o valor necessário. Em poucos dias, 465 pessoas participaram da “vaquinha” e doaram o total de R$ 117 mil para a compra de uma casa e um salão de beleza para Elza. Com certeza, um lindo exemplo de gratidão!

Professor carrega nas costas aluna com doença rara durante passeio da escola e emociona mãe

| Reprodução/Facebook Shelly King

Outra história emocionante que rodou o mundo este ano foi a do professor Jim Freeman. O morador do estado de Indiana, nos Estados Unidos, ficou sabendo que uma estudante de dez anos não poderia participar do passeio anual da turma devido à falta de acessibilidade para cadeira de rodas nas trilhas ecológicas que fariam. Por isso, ele se voluntariou para carregar a menina nas costas durante o trajeto.

Com um defeito congênito no fechamento da coluna vertebral – conhecido como espinha bífida –, a pequena Ryan Neighbor não consegue nem mesmo envolver as pernas ao redor de quem a carrega, dificultando ainda mais o trabalho. Só que o educador não se importou com isso, colocou a menina de 25 quilos em uma mochila especial e a levou por quase uma hora, sob sol forte.  “Ele não é o professor dela, então não precisava fazer isso”, comentou a mãe Shelly King em suas redes sociais. “Isso derreteu meu coração”, completou.

Idoso com vitiligo cria bonecas inclusivas para devolver autoestima a crianças com deficiência

Idoso com vitiligo cria bonecas de crochê inclusivas
| Arquivo pessoal/João Stangnelli

E você viu as bonecas feitas de crochê com manchas claras na pele feitas manualmente pelo vovô João Stangnelli, de 64 anos? O morador de Bragança Paulista, em São Paulo, possui vitiligo e decidiu realizar trabalhos em crochê que mostrassem essa característica. Assim, os brinquedos trariam mais autoestima a crianças que tivessem o mesmo problema.

A ideia deu certo e a “Vitilinda”, como ele chamou sua boneca, fez sucesso na internet, abrindo caminho também para versões com dermatite atópica, psoríase e cadeirantes. “Tudo o que nos pedem que tenha relação com representatividade, a gente faz da melhor forma possível”, conta.

Menina “invade” sala de aula para doar sapato e se ajoelha para calçá-lo na nova dona

Isabela invadiu uma das salas da escola onde estuda para doar um sapato novo a uma colega
| Arquivo Pessoal/Mary Clicia Moraes

Esta lista de histórias inspiradoras poderia ir longe com facilidade, mas vamos finalizar com o exemplo da pequena Isabela, que “invadiu” uma das salas de aula da Escola Estadual Professor Antonio de Barros Freire dia 12 de novembro para doar um par de sapatos. A ação foi registrada pela coordenadora pedagógica Mary Clicia Moraes, que passava alguns recados aos estudantes e deixou a garota falar.

“A Isabela começou explicando que queria doar aquele sapato porque era número 27 e agora ela já calçava o 28”, contou emocionada ao Sempre Família. “Aí foi levando o sapatinho até as colegas, se ajoelhando ao lado de cada uma e colocando no pé das meninas para ver se servia”. Assim que encontrou uma nova dona para o item, toda turma bateu palmas e a coordenadora fotografou o momento para que a pequena inspirasse outras pessoas. “Afinal, as crianças são nosso futuro”, finalizou.

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