Crédito: Arquivo Pessoal
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Hoje apresentamos a história da Alline, ela é Fisioterapeuta Pélvica, Doula e Acupunturista. Hoje, ela trás a história de como estava sua carreira profissional e quais os rumos que optou após o nascimento da Ana.

Quando me deparei com a gestação em plena lua de mel, meu coração transbordou de sentimentos como alegria e medo. Não esperávamos que a nossa pequena chegasse tão rápido e eu não havia me preparado na questão profissional para isso.

Sempre trabalhei, e quando engravidei, estava em uma fase maravilhosa, crescendo cada vez mais profissionalmente.
Durante a gestação, me preocupei como fazer em relação ao trabalho, pois a preocupação não era voltada para o financeiro, mas sim pelas minhas pacientes no tempo em que eu ficaria longe do consultório. Era muito difícil pensar nesse tempo longe e como eu me recolocaria no mercado depois.
Conforme o tempo foi passando, amadureci as ideias e, muito mais importante do que a profissão, era dar o que a minha filha merecia: a minha presença e atenção com ela.

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Quando a Ana nasceu, eu decidi ficar integralmente com ela em casa por 2 meses e depois ir sentindo nosso momento. Com isso, fui voltando aos poucos para o Consultório e equilibrando a atenção entre a profissão e a família. Nunca agradeci tanto por ser autônoma e poder fazer meu horário como eu acreditava que seria melhor.
Quando voltei a atender, fiquei plenamente feliz, pois sabia que era um tempo que não faria tanta falta para a Ana, pois eram poucas horas e apenas 2 dias na semana além dela estar em ótimas mãos, sendo cuidada pelos meus pais nesse período. Cem por cento das pacientes me esperaram retornar da licença, e isso me deixou muito feliz e me senti muito segura com o retorno.
Apensar do tempo longe da Ana, eu amo meu trabalho e era a minha terapia do puerpério, me sentia muito bem.
Precisei ir aceitando que nesse tempo da Ana bebê, era hora de pausar um pouco meu crescimento profissional, que agora a minha prioridade é minha filha e que o tempo em que ela for bebê não vai voltar e minha carreira pode esperar.

Foi difícil deixar passar varias oportunidades de crescimento profissional e pausar projetos em que já eram sonhados e queria ter colocado em prática, porém até hoje vou buscando esse equilíbrio (tentando) e assim aceitando que tudo tem seu tempo.

As pessoas me perguntam como dou conta, na verdade, quase não dou! A rotina é bem difícil e corrida, e tudo vai em um ritmo bem lento.
A agenda está lotada e com lista de espera, os dias de atendimentos ainda restritos, e com isso a vontade de voltar a ficar na profissão é grande, mas sei que agora não é hora. Agora é o momento de cuidar do meu bem mais precioso, minha família.
Com isso, faço algumas reflexões, que hoje nós nos cobramos muito, queremos muito sucesso profissional e também dinheiro, mas quando me tornei mãe, vi que isso é um grão de areia perto de ter pessoas que amamos por perto, que o trabalho não é tudo. Ele é importante e no meu caso um grande amor; mas que o tempo passa e não volta. Quero aceitar o tempo que Deus escolheu pra mim e agradecer. Agradecer por poder ver os verdadeiros valores da vida hoje, diante de um mundo fútil voltado para dinheiro e poder, agradecer por poder aproveitar cada segundo ao lado do meu mais precioso, que é a minha família.

Alline Vieira Dell’Agnelo

 

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