Crédito:publicdomainpictures.net
Crédito:publicdomainpictures.net| Foto:

Era para seguir a ordem dos posts anteriores e escrever sobre partos, mas vivi uma experiência que gostaria de compartilhar, pois acredito que não estou sozinha.

Há quinze dias, meu filho (de agora 1 ano e 2 meses) teve sua primeira febre alta, foi um susto! Num primeiro momento até soube dominar a situação e me lembrei do que a madrinha dele me disse certa vez: dá um antitérmico e aguarda, porque leva um tempo para aparecer mais algum sinal do que a criança têm. Até aí tudo bem. Mas passado meia hora comecei a me desesperar e liguei para o pediatra que pediu para vê-lo. E a madrinha tinha razão… o médico num primeiro momento disse que podia ser uma virose, mas que tinha que aguardar para aparecer mais algum sinal e seguir cuidando da febre. Achei que isso fosse fácil… até que chegou a noite e começou a bater o desespero… por que ficamos tão vulneráveis a noite, não é? Vinham todos os tipos de medos que possa imaginar, mas o principal era o medo de uma convulsão. No dia seguinte é claro que voltei a incomodar o pediatra, que muito pacientemente me pediu para vê-lo mais uma vez. Na consulta ele me explicou que cada criança tem um linear de convulsão, algumas podem ter com 38º graus outras só quando atingir 42º graus, mas se ele já tinha chegado a 39,5º e não tinha tido, não teria mais. E explicou ainda que mesmo que tivesse, o importante era manter a calma e colocar a criança na água, nem que fosse do chuveiro. Parecia que tudo estava sob controle, até que de noite fiquei com medo de novo… medo de dormir e não ver a febre aumentar, mesmo depois de medicado e fazendo compressa, medo porque a febre demorava para baixar…. que noite!

E assim foram 4 dias, de quinta a domingo, febre alta, remédio, compressa, banho morno e sem saber o que ele tinha. É claro que sem descansar, nervosa e ansiosa acabou me atacando uma bela de uma gastrite e um sentimento de culpa, afinal que mãe é essa que não consegue segurar as pontas quando seu filho mais precisa dela?

Mas enfim chegou a segunda-feira e levei novamente ao pediatra, e agora sim o tal “sinal” tinha aparecido: infecção de garganta. O médico ainda pediu um exame de sangue para confirmar se era uma infecção bacteriana. Mais um momentinho tenso: segurar o filho para tirarem sangue. Mas graças a Deus, duas enfermeiras muito boa nos atenderam a conseguiram pegar de primeira a veia dele. A tarde, com primeira dose do antibiótico tomada e com resultado do exame em mãos, o doutor confirmou o diagnóstico e seguimos com o tratamento, que em 24 horas começou a fazer efeito e as febres terminaram.

Depois disso, foi começar a colocar a vida em dia de novo, afinal parei tudo para cuidá-lo. Além do que, quando as crianças ficam doentes acabam ficando um pouco manhosas,  e para mim, um bom remedinho para ajudá-las a se recuperarem é dar muito carinho e aconchego, nem que para isso tenha que parar tudo.

E a gastrite? Ainda estou com “resquícios” dela, mas o importante que meu filho está bem. Foram dias muito difíceis. Talvez eu tenha sido muito exagerada devido meu temperamento controlador diante de uma situação que não domino, mas qual mãe não se afeta quando um filho fica doente? Sei que tenho que me forjar muito para não estremecer tanto quando ele precisar de mim e que essa infecção não foi nada comparado a tantas mães que passam por doenças muito mais graves com seus filhos. Mas acho que esse sentimento de impotência, de querer tirar a dor e o sofrimento de um filho fazem parte da maternidade. Mais do que nunca, admiro essas mães que precisam ficar por dias e dias em hospitais acompanhando seus filhos, ou ainda que esperam por alguma cirurgia para salvar suas crianças. Mas uma mãe que passei a amar mais e admirar foi Nossa Senhora, que  mesmo diante da cruz do filho, permaneceu de pé, firme! Que Ela seja o exemplo e a força para todas as mães com filhos doentes. Até a próxima 😉

 

Deixe sua opinião