Eu consegui um VBAC – Vamos para Maternidade?
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Quando completei 37 semanas de gestação comecei a ter muitas contrações mas nem todas eram com dor e não eram ritmadas. Depois de alguns exames descobri que estava mais uma vez com infecção urinária (já tinha tido outra quando estava com 20 e poucas semanas). Para conseguirmos passar das 38 semanas, tive que tomar medicação e fazer repouso. Mas meu filho de quase 2 anos começou mais uma vez com infecção de garganta (em outro post comentei como sofro quando ele tem estes episódios, pois me apavoro muito com suas febres altas). Foi um grande momento de crescimento pessoal pois não podia descuidar de mim e da minha bebê e tinha que aprender a confiar nas pessoas que me rodeiam, que iriam cuidar do meu filho com todo amor e tanto cuidado como eu. Medicado e começando a melhorar, voltaram minhas contrações mas dessa vez eram de meia em meia hora, entretanto não doía tanto como sempre ouvi dizer. Isso era num sábado. No domingo elas começaram a ficar um pouquinho doloridas mas não diminuía o intervalo entre uma e outra. Continuamos assim na segunda e na terça-feira, quando fiz minha última aula de pilates e pulei com vontade na bola :)
Para minha alegria na quarta as contrações passaram para 10 em 10 minutos, conversei com minha doula e ela disse: se prepara que tá chegando a hora! Vai fazer a unha, comer tudo que tem vontade, caminha bastante e, quando aguentar, vai pra bola de pilates. Que dia! Meu super anjo que é minha mãe, foi correndo para minha casa para me ajudar com meu filho mais velho. Coloquei um tênis, fui caminhando para o salão, fiz a unha (com a manicure apavorada com medo do bebê nascer ali rsrsrs), sai e resolvi caminhar mais um pouquinho, só mais 1,5 Km :) Quando virei meu pé e quase cai de barriga, e não de cara no chão (afinal a barriga estava sempre chegando antes de mim em tudo). Por isso, gravidinhas que forem fazer caminhada, não se empolguem olhando para a paisagem! Prestem atenção onde pisam! Achei melhor voltar para casa, mas ainda dei uma paradinha na padaria que amo e tomei um suculento capuccino. Chegando em casa, fui brincar com meu filho, terminei a rotina dele do dia e assim que o coloquei pra dormir chegaram os futuros padrinhos da minha bebê com mais guloseimas pra acelerar minha ocitocina! Depois de jantar, fiquei pulando na bola enquanto conversava com eles. As contrações começaram a ficar um pouquinho mais doloridas e passaram para 5/5 minutos. Achamos então que era hora de descansar um pouco pois o grande momento estava se aproximando. Fui tomar um banho relaxante e deitar.
Era 1:20, acordei com uma dor horrível. A sensação mais estranha do mundo: ser acordada por uma dor horrível e ficar feliz com isso, torcendo para que viesse outra logo. Quatro minutos depois, outra. Mandei uma mensagem para minha doula, ela recomendou tomar um banho e se continuasse era para avisá-la. Liguei o chuveiro e a água não esquentava. Não podia ter acabado o gás, pois eu tinha deixado um botijão de reserva justo pensando nesse momento do banho para aliviar as dores da contração! Pois é, mas tinha acabado a pilha que dá ignição do aquecedor do gás… e nisso eu não tinha pensado e não tinha outra. Graças a Deus temos um chuveiro elétrico guardado para emergências. Só que tenho medo de ficar muito tempo em chuveiro elétrico, ou seja, não foi um banho tão relaxante assim…. Era quase 3 horas da manhã as contrações passaram para de 3/3 minutos e a dor começando a ficar mais forte. Aí já não lembro mais tão bem a ordem das coisas, mas foi uma mistura de vontade de evacuar (perdi a conta de quantas vezes fui ao banheiro), também não lembro quantas vezes acabei vomitando, e a melhor posição que aliviava era quatro apoios. Nisso a doula passou a falar só com meu marido, eu pedia para ele me levar logo para o hospital, ele arrumava as coisas no carro, mas cada minuto parecia uma eternidade! Quando passava a dor eu começava a ter noção do frio que estava fazendo (a sensação térmica naquele momento era de menos zero graus), mas quando voltava a dor me dava tanto calor que parecia que estava na Bahia :)

Entramos no carro, as ruas estavam vazias ainda mas 12,6 Km nunca pareceram tão longe. Estávamos tão confusos que, pra ajudar, entramos pela portaria errada do hospital. Levamos mais um tempo para chegar à emergência e encontrar minha doula, que prontamente já estava me esperando. Que grande consolo vê-la ali! Pois sabia que ela me ajudaria a entender tudo que estava acontecendo comigo e que mesmo que fosse necessário uma cesárea, todas as decisões tomaríamos entendendo tudo que estava acontecendo comigo, com a bebê e respeitando o que fosse o melhor.

Quando finalmente fui avaliada pelo médico plantonista, para minha surpresa apenas 4 cm de dilatação. Ele olha pra mim e diz que deveria voltar para casa pois ainda ia demorar muito meu trabalho de parto.

Bom, a partir daqui começa a melhor parte. Por isso deixo para contar com mais detalhes no próximo post 😉 Até lá!

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