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Ouvi falar pela primeira vez sobre diástase depois que a cantora Sandy teve filho e declarou sofrer com isso. Mas fui entender efetivamente o que era e saber que eu também era uma “vítima” só na minha segunda gestação quando comecei fazer pilates com a fisioterapeuta Patrícia Goulart. E agora, após minha terceira gestação, quando quis voltar aos treinos de corrida, ela me alertou que esse exercício poderia prejudicar ainda mais meus músculos da região abdominal se não fossem antes devidamente tratados.

Por isso, pedi para ela preparar para nós um texto falando mais sobre esse assunto e estamos preparando uma live para tirar mais dúvidas e esclarecer para outras mães sobre essa nossa inimiga silenciosa que atinge tantas mulheres durante a gestação.

“A diástase abdominal é a SEPARAÇÃO dos músculos retos abdominais (foto) é esperado que isso aconteça na gravidez devido a ação hormonal e as alterações biomecânicas que ocorrem para o crescimento do útero.

Crédito: Patrícia Goulart Crédito: Patrícia Goulart

A diástase abdominal é mais comumente na região umbilical, podendo ser acima ou abaixo do umbigo, a separação de até 3 cm é considerada fisiológico quando esse limite é ultrapassado problemas significativos acontecem como o prejuízo na função dos músculos abdominais, alterações posturais, diminuição da força dos músculos abdominais e pélvicos podendo desencadear hérnias abdominais, dores na coluna, incontinência urinária, descida dos órgãos pélvicos e desconforto estético.

Durante a gravidez é possível controlar a abertura da diástase trabalhando a respiração adequada e ativação do abdômen através de exercícios específicos. Sabendo que a diferença de pressões entre o abdômen e os músculos do assoalho pélvico causam disfunções pélvicas o tratamento com a fisioterapia pélvica engloba a reabilitação abdominal e pélvica, primeiramente é necessário analisar a extensão e a profundidade da diástase abdominal, avaliar os músculos do assoalho pélvico, a postura e com base na avaliação fazer o direcionamento de exercícios específicos e/ou o uso de recursos terapêuticos para a correção da diástase abdominal.

O tratamento pode ser iniciado logo após o parto normal e com liberação médica após a cesárea. Tanto na gravidez quanto no pós-parto os exercícios devem ser específicos independente do grau de diástase, determinados tipos de exercícios como abdominais convencionais, corrida ou exercícios que aumentem a pressão intra-abdominal não podem ser realizados.

A avaliação individualizada é indispensável!”

Patrícia Goulart

Fisioterapeuta Pélvica

CREFITO 234840-F

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