Sobre Leões e Cordeiros
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“Em verdade, em verdade vos asseguro que se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, permanecerá ele só; mas se morrer produzirá muito fruto. ” São João 12,24

A minha geração (eu tenho 36 anos) está patinando para erguer-se em sua masculinidade e vida espiritual. Filha de uma geração absolutamente insana e filha da revolução sexual de 1968, é quase como lutar contra um inimigo voraz dentro de nossas próprias almas. Não fomos preparados para lutar contra o mal que habita em nós, não fomos treinados para pavimentar nosso caminho junto de Deus, não fomos arregimentados para resistir ao mundo com furor e frágeis são nossas resistências contra o sistema. E o demônio? Bem alguns de nós se quer percebem que ele passa sussurrando em nossos ouvidos conselhos de perdição nada amáveis, porém sedutores.

A verdade é que para conseguir sermos homens de verdade precisamos morrer como a semente do evangelho. Morrer para nós mesmos e nascer para Deus. Contra a carne, o mundo e o diabo lutar como leões, para com Deus sermos cordeiros.

Nessas poucas linhas, não há como resumir a longa tradição cristã da mística e do ascetismo, mas é possível indicar alguns caminhos que estiveram e estão na larga jornada espiritual dos cristãos de todas as épocas. Trẽs coisas são fundamentais:

  1. Oração ? Quem sou eu diante de Deus? Ele sabe meu nome? Eu sou conhecido dos reinos celestiais ou sou um mero visitante de templo, um ?turista espiritual?? Recitar a palavra de Deus na Bíblia, os salmos, rezar a liturgia das horas, abraçar uma regra de oração, ajoelhar-se e dizer uma meia-dúzia de palavras que fazem o coração pulsar diante de Deus. O respirar da alma, a solitude, o local onde não há mais ninguém: só você e o Criador. Sem isso seguiremos o pó vil de onde foi formado Adão, mas com isso começamos a viver!
  2. Mortificação ? ?Nossa luta não é contra a carne e o sangue? alguns diriam. De fato, não é contra os outros, é contra nós mesmos. Os conselhos evangélicos são importantes balizadores do caminho de mortificação. Meu corpo, minha mente, meu coração estão colocados nas mãos de quem? Nas minhas ou nas de Deus? Eu posso ser reconhecido pela minha pobreza, obediência e castidade?
  3. Serviço ? Eu realmente tenho amado meu próximo como a mim mesmo? Eu tenho vivido para servir ou só penso que outros me sirvam? Eu tenho estendido a mão a quem precisa ajuda? Tenho sido como Jesus que foi o servo sofredor? Eu tenho sido uma benção como Abraão e toda a minha família da fé? Ainda estou voltado somente para minha própria felicidade e bem estar em detrimento do Reino de Deus?

Esse foi o caminho de grandes homens, que foram santos, militares, monges, sacerdotes, empresários, padres e maridos. Esse foi o caminho de São Pacômio, São Bento, Santo Inácio de Loyola, São Bernardo de Claraval, São Nuno de Santa Maria, dos templários, da legião tebaica, e de tantos outros.

Deus nos ajude a abraçar este caminho de homens de verdade! Agora é hora de lutar e lutar, até que cordeiros se transformem em leões.

Estamos de volta!

Seja Homem!

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