Imunizante da Novavax apresenta eficácia de 89,3% no estudo conduzido no Reino Unido, de acordo com dados interinos
Imunizante da Novavax apresenta eficácia de 89,3% no estudo conduzido no Reino Unido, de acordo com dados interinos| Foto: Divulgação / Novavax

A empresa americana Novavax anunciou, nesta quinta-feira (28), que a eficácia da sua candidata contra a Covid-19 é de 89,3%. O resultado é fruto de uma análise interina do estudo clínico de fase 3, conduzido no Reino Unido. Os resultados ainda são preliminares, e não foram publicados em revistas científicas ainda.

A vacina, chamada de NVX-CoV2373, foi analisada durante um período de alta transmissão do Sars-CoV-2 no país, além da presença da nova variante, a B.1.1.7.

Para chegar ao resultado de eficácia, os pesquisadores analisaram a infecção pelo novo coronavírus em 62 participantes dos testes clínicos, que desenvolveram sintomas. Destes, seis receberam a vacina e 56 tinham recebido a substância placebo. Na diferença proporcional, calcularam a eficácia de 89,3%.

Dos participantes doentes, metade tinha sido infectada com a variante do Reino Unido. Apenas um participante infectado desenvolveu sintomas graves. Ele fazia parte do grupo placebo, segundo a Novavax.

Ao todo, o estudo clínico envolveu 15 mil participantes entre 18 e 84 anos. Cerca de 27% dos voluntários tinham mais de 65 anos.

Sobre a segurança, a empresa afirma que os resultados da análise preliminar indicam mostraram poucos casos de eventos adversos graves e que necessitaram de atenção médica.

Resultados da fase 2b na África do Sul

No mesmo anúncio, a Novavax divulgou os resultados de fase 2b de outro estudo clínico da vacina, conduzido na África do Sul. O imunizante apresentou, então, uma eficácia de 49,4% para a prevenção de casos leves, moderados e graves da Covid-19 em grupos com voluntários HIV positivo e negativo.

No grupo que continha participantes HVI negativo, a taxa de eficácia foi de 60% para 94% dos voluntários. Dos participantes infectados, 29 estavam no grupo placebo e 15 no grupo vacinado. Apenas um caso grave foi identificado no grupo placebo.

Os dados preliminares do estudo mostraram que mais de 90% dos participantes que desenvolveram a doença tinham sido infectados pela nova variante em circulação no país, a B. 1.351.

Neste estudo, participaram 4,4 mil voluntários. "Os 60% de redução de risco conta a Covid-19 em indivíduos vacinados na África do Sul destaca o valor dessa vacina para prevenir a doença da altamente preocupante variante que está, no momento, em circulação na África do Sul, e está se espalhando globalmente. Esta é a primeira vacina contra a Covid-19 que nós temos evidência objetiva que protege contra a variante dominante na África do Sul", disse Shabir Maddi, diretor executivo de Vacinas e Doenças Infecciosas da Unidade de Pesquisa Analítica da Universidade de Wits, e principal investigador da vacina da Novavax no país, de acordo com comunicado da empresa.

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