Nesta quarta-feira (23), a Universidade de Oxford anunciou o início do estudo com 5 mil participantes para avaliar a ivermectina
Nesta quarta-feira (23), a Universidade de Oxford anunciou o início do estudo com 5 mil participantes para avaliar a ivermectina.| Foto: Bigstock

A Universidade de Oxford anunciou nesta quarta-feira (23) o início de um estudo clínico que avaliará a ação da ivermectina contra a Covid-19. Até o momento, 5 mil participantes foram recrutados no Reino Unido para a pesquisa denominada de PRINCIPLE, que já avaliou outras medicações contra a infecção, como os antibióticos azitromicina e doxiciclina, e o esteroide budesonida, usado no tratamento da asma.

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De acordo com o comunicado da universidade, até o momento, foram poucos e pequenos os estudos que avaliaram o uso do antiparasitário no contexto da Covid-19, e há poucas evidências de estudos maiores que demonstram que a medicação possa acelerar a recuperação ou diminuir os internamentos.

Mas a avaliação em um estudo maior, como o de Oxford, poderá contribuir com os dados e embasar novas decisões de tratamento, de acordo com Chris Butler, professor da universidade e um dos coordenadores do estudo PRINCIPLE, em nota divulgada no site. "Ao incluir a ivermectina em um estudo de larga-escala como o PRINCIPLE, nós esperamos gerar evidências robustas para determinar quão eficaz o tratamento é contra a Covid-19, e se há benefícios ou danos associados ao uso", explica.

Como será feito?

Após um questionário, os participantes recrutados para o estudo serão designados, de forma aleatória, em dois grupos. Um receberá a medicação durante três dias, e outro manterá o tratamento padrão para a Covid-19, focado no alívio de sintomas, de forma a ser o grupo controle, para fins comparativos.

Tanto os participantes quanto os pesquisadores saberão em quais grupos cada voluntário estará. Não se trata, portanto, de um estudo duplo-cego – quando nem os pesquisadores, nem os voluntários sabem se estão recebendo a medicação em teste ou o placebo. Este fator reduziria o risco de viéses na pesquisa.

Os participantes serão acompanhados durante 28 dias, sem necessidade de atendimento presencial, mas via telefone, online ou atendimento médico. Na avaliação, os pesquisadores questionarão os participantes sobre como estão se sentindo, diariamente, por quase um mês.

Poderão participar da pesquisa pessoas entre 18 e 64 anos que tenham alguma comorbidade, ou falta de ar decorrente da Covid-19, ou pessoas acima dos 65 anos. Todos os participantes devem estar nos primeiros 14 dias dos sintomas da Covid-19 ou após receberem o teste positivo para a doença.

Pessoas que tenham doença severa no fígado, ou que fazem uso da medicação anticoagulante varfarina, ou de outras medicações que tenham interação com a ivermectina serão excluídas da pesquisa.

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