A alopecia não tem cura, atinge também mulheres e tem como causa principal o estresse, gatilho que deve ser evitado.
Jada Pinkett Smith foi alvo de piada no Oscar por condição causada pela alopecia.| Foto: Reprodução/Instagram Jada Pinkett Smith

A alopecia, doença que leva à queda de cabelos e que foi motivo da piada feita por Chris Rock e da agressão a ele por Will Smith no domingo (27) em plena cerimônia do Oscar, é uma condição sem cura que atinge também mulheres e tem como causa principal o estresse.

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Uma das causas da doença, que atinge a esposa do ator norte-americano, é a alopecia areata, uma doença auto-imune que estima-se atingir até 2% da população mundial. Esse tipo difere da alopecia androgenética, transmitida hereditariamente e que atinge mais de 2 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Academia Americana de Dermatologia (AAD).

A de tipo areata pode ocorrer a qualquer momento e todos os pelos do corpo podem cair da noite para o dia, como explicou Danila Yoshioka, dermatologista do Instituto Dermatológico e Laser. “Nos casos mais comuns, os pelos caem de forma pontual e indolor”, disse ela. Este foi o caso de Pinkett Smith, que decidiu raspar a cabeça para esconder os efeitos da doença.

Como a calvície é mais aceita entre o público masculino, é entre as mulheres que há mais queixas relacionadas à queda de cabelos. Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo, a calvície propriamente dita (de origem genética) afeta 5% das mulheres no país.

Doenças autoimunes 

Estima-se que até 30% dos casos de alopecia areata estejam ligados a outras doenças autoimunes, como tireoidites, lúpus, psoríase e síndrome do intestino irritável. “Nessas doenças, as células de defesa, que serviriam para acabar com infecções, começam a atacar o próprio corpo. Na alopecia, os folículos que formam os pelos e o cabelo”, explicou Danila.

Tratamentos

De injeções de corticoide ao tratamento com laserterapia, são inúmeras as opções para controlar a alopecia areata. Muitos pacientes, porém, preferem não tratar a doença com remédios. “O maior problema dela é estético, já que pode afetar a qualidade de vida do paciente”, reforça a dermatologista. Sessões de terapia, yoga, meditação e contato com a natureza, além da prática frequente de exercícios aeróbicos, são iniciativas essenciais para quem deseja controlar doenças autoimunes de modo mais natural.

Também é comum orientar o paciente a acompanhar com um psicólogo para tratar o gatilho emocional da queda de cabelos. “A pessoa precisa estar bem para que tenha uma resposta boa a qualquer tratamento”, explicou Danila. Cuidar da alimentação e do sono também faz parte de uma rotina que pode ajudar a evitar o estresse e as quedas.

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