O produto em creme costuma ser melhor que o spray se a pessoa não souber aplicá-lo direito.
O produto em creme costuma ser melhor que o spray se a pessoa não souber aplicá-lo direito.| Foto: Bigstock

Sete colheres de chá para o corpo. Essa é a quantidade recomendada de protetor solar que deve ser aplicado para uma ação eficiente contra os raios ultravioletas, de acordo com Caio Lamunier, dermatologista do Hospital das Clínicas e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP).

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“Uma colher de chá para cada um dos quatro membros, duas para o tronco e uma para o rosto”, explica o especialista. Passar menos do que essa quantidade diminui a eficácia informada no rótulo. O dermatologista alerta que, em geral, as pessoas tendem a usar muito menos do que o recomendado. As informações são da Agência Einstein.

O tempo conta

O tempo de ação do protetor solar também precisa ser levado em conta na hora de aplicar. “É preciso passar 30 minutos antes de vestir a roupa, colocar o biquíni ou ir para o trabalho. Para aumentar a eficácia, deve-se passar o filtro solar sem roupa”, destaca o dermatologista. Além da proteção contra as queimaduras e o câncer de pele, o protetor solar também previne o surgimento de manchas.

Spray ou creme?

A dúvida em relação à eficácia do filtro solar em spray é antiga, mas os especialistas garantem que esse tipo de produto também oferece proteção. Contudo, é necessário aplicá-lo de forma correta, de acordo com as indicações no rótulo.

“O problema do spray é que, às vezes, as pessoas não o aplicam direito, perdendo a eficácia”, explica Meire Gonzaga, dermatologista do Saúde Minuto e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Ainda segundo a especialista, um ponto de atenção na hora de comprar esse tipo de produto é verificar se é resistente à água. Para garantir a ação, deve-se reaplicá-lo a cada hora.

Como escolher o protetor solar ideal

Na hora da compra do filtro solar, é necessário confirmar algumas características que garantem a ação do produto. O primeiro ponto é verificar se o item protege contra os raios ultravioleta A e B (UVA e UVB).

Os raios UVA atingem a camada mais profunda da pele, favorecendo o envelhecimento e podem influenciar no surgimento do câncer. Já os raios UVB alcançam as camadas mais intermediárias da pele e geram as conhecidas queimaduras, vermelhidão e manchas. Também podem promover o câncer de pele.

Outro destaque é para o Fator de Proteção Solar, ou o FPS. Quanto maior for o número, maior o grau de proteção. Se o indivíduo demora cinco minutos de exposição para ter uma reação aos raios do sol, sob a proteção do filtro FPS 30 ele poderia ficar 30 vezes mais tempo sem ter o mesmo dano. Ou seja, 150 minutos.

Pessoas com tons de pele mais claros precisam de protetores com FPS maiores, já que são mais suscetíveis ao câncer de pele e queimaduras.

A textura da pele também deve ser levada em consideração na hora da escolha. “Se o rosto for muito oleoso, o ideal é escolher [um protetor] oil free [sem óleo]. Se a pessoa tem uma pele do corpo mais seca, escolha um que tenha associação com hidratante”, explica Gonzaga, dermatologista.

Segundo a especialista, para os bebês é recomendado protetores físicos, e não químicos. Nessa categoria estão os produtos com óxido de zinco e dióxido de titânio, que agem como bloqueadores, refletindo e devolvendo a radiação solar. Deve-se, também, favorecer o uso de bonés/chapéus, roupas com proteção UV, óculos, barraca e guarda-sol.

Repelente e cremes antes ou depois do filtro solar?

Segundo os especialistas, nunca se deve misturar o protetor solar com repelentes ou cremes hidratantes. O correto é sempre aplicá-los separadamente. 

Em primeiro lugar, recomenda-se passar o repelente ou hidratante e esperar cinco minutos. Na sequência, o protetor solar, seja em spray ou creme. Itens de maquiagem devem ser aplicados por último, tanto no rosto quanto no corpo.

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