Adolescentes estão mais mal-humorados, sedentários e dormindo pior durante a pandemia.
Adolescentes estão mais mal-humorados, sedentários e dormindo pior durante a pandemia.| Foto: Bigstock

Para adolescentes brasileiros entre 12 e 17 anos, as restrições impostas pelo avanço do novo coronavírus vão além das mudanças na rotina, também afetando negativamente o humor, a saúde e o sono deles.

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Quase metade destes (48,7%) adolescentes têm sentido preocupação, nervosismo ou mau humor, na maioria das vezes ou sempre. Esse é um dos resultados do estudo ConVid, coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para as meninas, o porcentual vai a 61,6%.

Maior sedentarismo também ficou evidente pelo estudo, uma mudança notável uma vez que jovens praticam esportes, aulas de dança e outras atividades. O percentual de jovens que não fazem 60 minutos de atividade física em nenhum dia da semana foi de 43,4%, muito superior ao período anterior ao da pandemia, que era de 20,9%. As informações são da Agência Brasil.

O tempo de uso de computador, tablet e celular aumentou. Entre adolescentes de 16 e 17 anos, 77% afirmaram ficar em frente a esses aparelhos mais de quatro horas por dia, sem contar o período em que eventualmente estão tendo aulas online.

De acordo com a pesquisa, realizada em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 36% dos adolescentes entre 12 e 17 anos relataram queda na qualidade do sono na pandemia. A piora da saúde de forma geral foi apontada por 30% dos jovens.

Isolamento social

A grande maioria dos adolescentes afirmou ter aderido a medidas de restrição social. Esse grupo reuniu 71,5% dos entrevistados, e a restrição total foi relatada por 25,9%, enquanto 45,6% disseram adotar uma restrição intensa, em que só saem para supermercados, farmácias ou casa de familiares.

Há variações no recorte por regiões. O porcentual alcança o maior patamar no sul do país: 74,1% dos jovens da região dizem aderir a medidas de restrição social. O menor índice, de 66,1%, foi o da Região Norte. Esta foi também a região onde houve o maior índice de adolescentes que afirmaram ter tido diagnóstico positivo para covid-19: 6,1%, bem acima da média de 3,9% considerando todos os entrevistados.

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