Polipose nasal, sinusite crônica e mal de Alzheimer são algumas condições que também favorecem a perda de olfato.
Pelas terminações nervosas do nariz o coronavírus pode chegar até o cérebro, causando a incapacidade de identificar cheiros.| Foto: Bigstock

Um sintoma bastante relatado em pacientes com Covid é a perda do olfato. E pesquisadores de Estrasburgo, na França, descobriram que ele pode durar até um ano em algumas pessoas.

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O estudo foi publicado no Jornal da Associação Médica Americana e aponta que, após quatro meses de avaliação, mais da metade dos pacientes pesquisados ainda apresentava uma recuperação parcial do sentido.

O coronavírus é neurotrópico, ou seja, tem uma afinidade em infectar estruturas do sistema nervoso central. Assim, pelas terminações nervosas do nariz ele pode chegar até o cérebro, causando a incapacidade de identificar cheiros. As informações são da Agência Brasil. A maioria das pessoas pesquisadas (96,1%) se recuperou objetivamente em 12 meses.

Na advogada Andressa Almeida, esse sintoma começou a aparecer no terceiro dia de Covid. E a recuperação demorou quase três meses. O neurologista do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital das Clínicas da USP, Raphael Spera, explica que este é um sintoma muito relevante e é importante monitorar. Mas destaca que, na maioria dos casos, o paciente se recupera em até duas semanas. Para quem teve sintomas prolongados, vale fazer uma reabilitação sensorial.

Ainda não se sabe, segundo Raphael Spera, porque a perda de olfato acontece para alguns e para outros não. Ele lembra que outros vírus, como o Sars-CoV-1 e o influenza, causador da gripe também podem causar perda de olfato em algumas pessoas. Além da perda de olfato, a Covid pode deixar outras sequelas: perda do paladar, problema motor, fraqueza dos membros, entre outros.

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