A halitose, ou mau hálito, pode alterar o padrão de comportamento das pessoas em relação à vida social, familiar e profissional.
A halitose, ou mau hálito, pode alterar o padrão de comportamento das pessoas em relação à vida social, familiar e profissional.| Foto: Bigstock

Quem nunca pensou: será que estou com mau hálito? Geralmente, as pessoas procuram balas, chicletes e enxaguante bucal para resolver o problema. E, mesmo utilizando tudo isso, pode ser que o mau hálito ainda persista. A sensação de estar conversando com amigos e perceber que as pessoas dão um passo para trás quando você fala, fazem cara feia, ou começam a cochichar com o colega mais próximo, é um pesadelo.

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O mau hálito ou halitose, é uma alteração do padrão normal do hálito, onde são liberados odores desagradáveis. Pode ser um sintoma de algum problema de origem local (bucal), geral, sistêmica ou, até emocional. Ou seja, é um sinalizador de que algo não vai bem no organismo. O mau hálito pode até alterar o padrão de comportamento das pessoas em relação à sua vida social, familiar e profissional, levando a apresentar tendência ao isolamento.

“No Brasil, pesquisas revelam que cerca de 30% da população sofre com o problema, ou seja, ao menos 50 milhões de pessoas. A halitose não é uma doença, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia, problema de saúde ou alteração fisiológica. É um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio", explica a cirurgiã-dentista Karyne Magalhães, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

Cláudia Gobor, cirurgiã dentista especialista no tratamento da halitose, e atual diretora executiva da Associação Brasileira de Halitose, também reforça que a halitose não é uma doença, mas, sim, um sintoma de que algo no organismo está em desequilíbrio e deve ser corretamente identificado e tratado. “Existem mais de 50 causas e, em aproximadamente 90% dos casos, é de origem bucal. Pode ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, dietas inadequadas), causas locais (má higiene bucal, placas bacterianas retidas na língua e/ou amígdalas, baixa produção salivar, alterações gengivais) ou causas sistêmicas (diabetes, problemas renais, prisão de ventre entre outros.)”, explica.

A cirurgiã diz que a prevenção existe por meio de cuidados diários com a higienização bucal: escovação dentária, uso correto do fio dental, higienização de língua e uso de produtos para enxaguar. “Também é muito importante salientar que a ingestão diária de líquidos tem que ser mantida, a fim de hidratar o organismo e produzir uma salivação na forma correta”, revela.

Na dúvida, pergunte

Desde o dia 22 de setembro a ABHA promove a Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito 2022. Com o tema Mau Hálito: Na Dúvida, Pergunte!, o intuito da associação é incentivar as pessoas para que não sintam vergonha em perguntar sobre o hálito, especialmente ao seu círculo familiar e de amizade.

A campanha prevê palestras e ações sobre adequação dos hábitos diários para manutenção da saúde bucal e informações sobre tratamento direcionado que possam tranquilizar o paciente. "As ações da campanha também vão informar a população sobre a saúde do hálito, o diagnóstico de halitose e prevenção, além de conscientizar de que mau hálito tem sim tratamento, que deve ser feito com o profissional correto, o cirurgião-dentista", finaliza Karyne.

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