Recentemente a utilização de gases oxigênio (O2) e ozônio (O3), a chamada ozonioterapia, como forma de combater a Covid-19, virou alvo de polêmicas no Brasil.

Saiba o que é a ozonioterapia e quais as recomendações sobre o método. Entenda com a gente em um minuto.

A aplicação dos gases pode ser feita por três vias: a intravenosa, intramuscular ou retal. No entanto, não há comprovação científica da eficácia e segurança do uso deste método, independente da maneira que seja realizada.

O Conselho Federal de Medicina reforçou que o uso da terapia deve ser restrito a estudos científicos e proíbe que médicos prescrevam o tratamento em consultórios ou hospitais.

Mesmo assim, em 2017, o Senado liberou o uso em tratamentos diversos, de queimaduras a doenças crônicas. Desde 2018, a ozonioterapia faz parte das "práticas integrativas complementares" ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em relação ao uso no combate à Covid-19, não há nenhum tipo de indicação de uso ou de benefício, além da falta de estudos científicos que comprovem a eficácia do método. Pesquisadores na Turquia entrevistaram pessoas que receberam a terapia antes da pandemia, tentando confirmar se poderia agir de maneira a prevenir a doença. Porém, não foi possível encontrar os resultados do estudo.

Quanto ao uso pela via retal, o assunto entrou em evidência após o prefeito de Itajaí divulgar a utilização em pacientes com Covid-19. A ação gerou uma resposta da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, que alertou para riscos de outras lesões e danos graves que o método pode causar.

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