Pesquisa da Inglaterra indica que a variante B.1.1.7 ganhou uma mutação, cujo controle pode ser mais difícil com vacinas
Pesquisa da Inglaterra indica que a variante B.1.1.7 ganhou uma mutação, cujo controle pode ser mais difícil com vacinas| Foto: Bigstock

A agência de Saúde Pública da Inglaterra informou que a variante B.1.1.7 do coronavírus, identificada pela primeira vez em dezembro, no Reino Unido, ganhou uma mutação preocupante que pode tornar mais difícil o controle da cepa com vacinas, segundo publicação do The New York Times.

A agência afirmou nesta segunda (1) que a taxa de infecção dessa variante é de 25% a 40% maior do que em outras cepas. Há também indícios de que ela pode ser mais letal. Outros 72 países já relataram infecções com a B.1.1.7. Testes realizados pelas farmacêuticas que desenvolveram imunizantes contra a Covid-19 sugerem que essa variante pode ser contida por vacinação.

Por outro lado, na África do Sul, uma nova cepa, a B.1.351, que já superou a transmissão de outras variantes e se tornou dominante, apresentou uma mutação que a torna mais resistentes aos imunizantes da Novavax e Johnson & Johnson.

Os cientistas apontaram que a mutação E484K sofrida pela variante sul-africana torna mais difícil para os anticorpos se prenderem ao vírus e impedi-lo de entrar nas células. Agora, pesquisadores descobriram que alguns coronavírus B.1.1.7 no Reino Unido também têm a mutação.

Kristian Andersen, virologista do Scripps Research Institute, defende que ainda não é possível dizer se isso deixará a variante britânica mais contagiosa ou resistente às vacinas. "É muito cedo para especular se isso acontecerá, então teremos de esperar pelos dados", disse.

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10 vezes mais anticorpos

Testes de laboratório da universidade de Cambridge sugeriram que para o sistema imunológico neutralizar as variantes do vírus com a mutação E484K são necessárias 10 vezes mais anticorpos. Os pesquisadores também perceberam que somente uma dose da vacina pode não estimular o sistema imunológico adequadamente.

O Reino Unido já registrou mais de 3,8 milhões de casos confirmados de Covid-19 e mais de 108 mil mortes relacionadas à doença, segundo levantamento da universidade americana Johns Hopkins.

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