Bebês não têm o sistema imune completamente desenvolvido, o que justifica a saúde deles ser mais vulnerável.
Bebês não têm o sistema imune completamente desenvolvido, o que justifica a saúde deles ser mais vulnerável.| Foto: Bigstock

Entre as crianças até os 18 anos de idade, são as menores de 2 anos de idade as que mais sofreram durante a pandemia de Covid-19. Segundo pesquisa da Fiocruz, elas representam quase metade dos mortos pela doença em 2020, com destaque para as ainda menores, até 1 ano, que representam 6 a cada 10 dessas mortes e um terço do total de óbitos infantis.

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O estudo foi realizado a partir de 1.207 óbitos registrados na faixa etária até os 18 anos, sobre dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade Infantil, do Ministério da Saúde, padrão ouro para esse tipo de investigação. As informações são da Agência Fiocruz.

Apesar do impacto desses números, os óbitos de indivíduos até os 18 anos alcançaram pouco mais de 0,6% dos óbitos totais durante o ano de 2020. Segundo o coordenador da pesquisa, Cristiano Boccolini, do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), bebês não têm o sistema imune completamente desenvolvido, o que justifica a saúde deles ser mais vulnerável.

Pesam ainda a condição econômica – e a presença de fatores de risco, vistos em metade dos óbitos na faixa etária. Neste ano, segundo boletim do Ministério da Saúde, até agora as mortes até os 18 anos não completos pela Covid-19 somam 1105 indivíduos, o que não chega a 0,4% do total de mortes em 2021.

Uma recomendação importante é que mães com Covid-19 continuem amamentando seus bebês, se ambos tiverem condições físicas para isso. “Os benefícios do aleitamento materno superam em muito o risco de contaminação. Cuidados sanitários, como higiene das mãos e uso de máscaras tipo PFF2 e N-95, devem ser reforçados nesses casos”, completa Boccolini.

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